domingo, 2 de julho de 2017

Uma fotografia, de vez em quando... (98)


Há quem se dedique à fotografia por entretenimento. Quem o faça profissionalmente, aliás, como em todas as artes. Com maior ou menor habilidade e sabedoria. Depois, os temas escolhidos: o retrato, sempre compensador, bem como a moda, ou a procura do insólito e bonitinho que, no fundo, pode ser apenas fútil.
A fotógrafa norte-americana Dorothea Lange (1895-1963), de ascendência alemã, escolheu ou foi escolhida pelos temas sociais e as classes desfavorecidas. Nos anos 30 foi encarregada de retratar os efeitos da Grande Depressão (1929). Humaníssimos instantâneos foram fixados, então, pelo seu olhar atento.
E, nos anos 40, veio a retratar os japoneses, nos campos de concentração americanos, após o ataque a Pearl Harbor, com a mesma preocupação humana.



Das fotos post-Grande Depressão, não há que esquecer a Mãe Migrante (1936), imagem emblemática e dramática de Florence Thompson, de 32 anos, que, já sem quaisquer meios e comida, ia alimentando os filhos com ervas rasteiras, e pouco mais. Muito embora, outras indeléveis fotografias de Dorothea Lange nos marquem, na memória, esses anos trágicos que passaram pela sua vida. E que ela não quis rasurar.



10 comentários:

  1. Não me lembrava quem era a fotógrafa da «Mãe Migrante», fotografia icónica.
    Boa tarde!

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    1. As grandes obras quase ultrapassam os seus autores, que acabam por ficar no segundo plano, porque essas obras valem por si.
      Boa tarde!

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  2. Fotografias marcantes e comoventes.
    Boa noite de Domingo!

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  3. Acho que não se escolhe! É-se escolhido pela Vida!
    Boa semana

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    1. De algum modo, mas também depende da formação e dos sentimentos, ou não, de solidariedade, que temos, para com os outros.
      Obrigado. E igualmente!

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  4. A beleza do preto e branco realçando o dramatismo.
    Dorothea Lange, menos conhecida do que as fotografias.

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    1. A cor distrai... quando não tenta disfarçar as debilidades... A "grande" fotografia cntinuará a ser a preto e branco.
      É verdade.

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  5. São, realmente, de grande autenticidade humana.
    Boa tarde, também!

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