A colecção, da Fábrica Universal, em Lisboa, composta por 134 cromos e de que me faltam apenas 9 números, data de 1950, ou por aí perto. Era de um tempo em que o Futebol era um desporto nobre, limpo, mas pobre. Em que as cotas mensais dos sócios do Vitória de Guimarães custavam Esc. 9$00, davam direito a assistir a 2 jogos, e ainda se podia praticar hóquei em patins; em que não havia quase nenhuns relvados e os campos eram de terra batida, regada antes dos desafios, para não levantar poeira, na Primavera e no Verão. Era o tempo de Barrigana (Porto), de Jesus Correia (Sporting), de Águas, pai (Benfica), de Bentes (Académica de Coimbra), de Franklin (Vitória de Guimarães), jogadores que mal ganhavam para comer e tinham, normalmente, outro emprego ou faziam uns biscates para compor o ordenado, ao fim do mês. Tempo em que os clubes não tinham jogadores estrangeiros e se orgulhavam disso. Quando muito tinham 1 ou 2 jogadores africanos das Colónias. Eram realmente tempos muito modestos, em que ganhar um distintivo do nosso clube predilecto ou uma pequena bola de borracha, por prémio que nos saísse e viesse numa senha dos caramelos, era uma alegria para a rapaziada...
Com votos de bom fim de semana!
Há 2 horas
Esta caderneta é das mais giras que tem aqui aparecido.
ResponderEliminarÉ, realmente, muito maneirinha.
ResponderEliminarObrigado, MR.
Boa tarde, sabe onde puderei arranjar o cromo do jogador do FCP - VITAL, é meu avo e estou a juntar documentação dele.
ResponderEliminarAgradeço algum contacto.
Nuno VItal - nunovitalvasconcelos@yahoo.com
Penso que será difícil. Há, junto à porta da estação do Rossio (Lisboa), um ou dois homens que vendem cromos de colecções, mas creio que não tão antigos. A hipótese será, talvez, perguntar em alfarrabistas. E há, também, na rua da Misericórdia (Lisboa), uma loja de coleccionismo-alfarrabista, que pertenceu ao falecido Castanheira da Silveira - poderá tentar lá.
EliminarBoa tarde! Quais são os 9 cromos que faltam?
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