As gerações mais recentes não saberão, na maior parte dos casos, que houve um tempo recente, em Portugal (finais de 74 até 1977...), em que faltavam ou eram racionados: o óleo, o leite, o bacalhau, o açúcar e muitos outros produtos básicos. E os portugueses sobreviveram. Hoje, se faltassem os telemóveis, porventura, havia um revolução... Bendito progresso. O FMI e o FEEF que se cuidem!
Com votos de bom fim de semana!
Há 2 horas
Dos racionamentos de 74-77 não tenho memória directa, mas ainda ontem à noite falava com amigos sobre a segunda intervenção,a de 1983, de que me lembro.
ResponderEliminarA alusão aos telemóveis é perfeita, e outras se poderiam fazer. O problema de fundo está ligado a isso: as expectativas dos portugueses cresceram exponencialmente nas últimas décadas, da casa própria ao consumo, sustentadas no crédito barato e na ilusão de sermos um país rico. E agora a redução das expectativas terá de ser feita depressa e à bruta o que não vai ser fácil...
A pobreza secular da grande parte dos portugueses explica, para mim, a incapacidade de resistência às tentações maléficas da Banca, com o crédito quase indiscriminado. Até porque julgo que somos, na UE, o país que tem o salário mínimo mais baixo e, isto, é difícil de perceber e aceitar. Faltou uma estratégia clara, pragmática e rigorosa de desenvolvimento. E sobretudo uma Educação rigorosa e consequente. Haja em vista, neste momento, a "importação" de médicos colombianos (já vieram 40, e vem mais) e cubanos - não lembra ao diabo...
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