Isto, com a intensa canícula, quase se torna fisicamente dramático e, talvez por isso, não há nada como um pouco de sal para descontrair...
Quem o conta é Vitorino Nemésio (1901-1978) no seu Jornal do Observador (1974), a páginas 225. Sobre André Brun (1881-1926). Assim:
"O nosso André Brun - está claro - era um modesto escritor, um humorista que dá um certo testemunho e costumbrista dos nossos anos de cerca da guerra de 14. Pois não fugiu à regra: trocadilhou até morrer. Conta-se que, visitando-o um amigo nos seus últimos dias de vida, já quase na agonia, o teria saudado: «Então como vais, André?» «Vou de fraque...», tornou-lhe o doente, pensando na mortalha burguesa."
(...E, feliz e finalmente, começou a levantar-se uma aragenzinha...)
Fino humor, com uma ironia ainda inteligente!
ResponderEliminarEstamos de acordo.
EliminarBoa tarde.
Há muitos anos, por questões profissionais, li muitos livros e crónicas de André Brun. Fiquei fã dele como homem. Tem de ser lido para se conhecer a época em que viveu.
ResponderEliminarBom dia!
É uma pena haver tantos autores portugueses, embora de segunda linha, que por questões de moda são preteridos outros, às vezes, muito inferiores..:-(
Eliminar