terça-feira, 3 de abril de 2012

Recomendado : vinte e seis - Lucien Febvre


É um livro desconcertante, mas denso porque, embora escrito por um famoso historiador, Lucien Febvre (1878-1956), não é necessariamente um livro de História. Por outro lado, sendo uma biografia, ultrapassa largamente os seus limites factuais. Muito bem documentado, foi um livro marcante na minha juventude, porque tratando, desapiedada e desapaixonadamente, a figura controversa de Martinho Lutero, tenta fazer-lhe justiça à luz da sua época, justificando as razões das suas atitudes.
Voltei a ler "Martinho Lutero - Um destino", há dias, e reforcei a minha impressão e convicção de que não sendo um livro de leitura simples ou linear, mas complexo, é uma obra singular que vale a pena ler, por isso, aqui o estou a recomendar a quem se interessa pela história das religiões e pelas paixões humanas. A primeira vez que o li, fi-lo em francês, pelo texto original (1928). O que se apresenta em imagem, também na minha posse, é a 1ª edição em português, editado pela Bertrand, em 1976 - que deve estar esgotada. Mas a Texto Editores, reeditou a obra, recentemente (2010).

3 comentários:

  1. Caro APS, comentei um artigo de 2010 sobre o poeta Guilherme de Faria. Pela leitura desse artigo, presumo que conhece o blog www.guilhermedefaria.blogspot.pt. Aproveito para apresentar-lhe o site www.guilhermedefaria.com. Na verdade, o Frei Francisco Leite de Faria não herdou a biblioteca do poeta, foi mesmo o Miguel (biblioteca que foi leiloada na década de 90 pelos sobrinhos). Em relação aos irmãos: 9 morreram antes de completar o 1º ano de vida; dos 10 que cresceram, houve 3 meninas (a Margarida, a Teresa e a Leonor). O retrato do poeta que publicou num outro artigo é da autoria de Luís Silva (www.cybersilva.com). Gostava de ter o seu e-mail, para perguntar-lhe sobre algum apontamento que possa existir no Livro de Cesário Verde. O meu e-mail: joseruiteixeira@gmail.com. Cumprimentos.

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  2. Caro José Rui Teixeira:
    grato pela sua visita, e comentários. Agradeço as suas precisões sobre o poeta Guilherme de Faria. Creio que já "passei" no seu Blogue, e voltarei, agora. Sobre o "Livro de Cesário Verde" que pertenceu ao Poeta vimaranense, há apenas um trevo de 4 folhas (seco) entre as págs.100 e 101 (poema "Nós")e nada mais, para além do que se pode ver na imagem do meu poste anterior. Tenho, creio, todos os livros de Guilherme de Faria. "Sombra" deve ter sido o exemplar do Poeta, tem a marca de posse e data ("3.XII.1924")manuscritas por ele. "Poemas" e "Mais Poemas", ambos de 1922, têm dedicatórias manuscritas a Aníbal Soares. E "Manhã de Nevoeiro" foi dedicado a Emília Telles da Gama de Castro (Natal 1927), também por manuscrito de Guilherme de Faria. Espero que as informações lhe possam ser de alguma utilidade. Saudações cordiais.

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  3. Bom dia, caro APS. Obrigado. Eu defendi uma tese de doutoramento em Literatura sobre o poeta Guilherme de Faria. Tenho um espólio enorme do poeta, que está a ser tratado (documentado, arquivado, digitalizado) e que será doado (em princípio...) ao Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, em Guimarães. Trata-se de um espólio com muitos livros da biblioteca de GF, manuscritos, epistolários, fotografias e outros documentos. Se quiser documentar os seus documentos no espólio do poeta, basta digitalizá-los com qualidade e enviar as imagens com legendas para geral@guilhermedefaria.com. Isso possibilita que criemos uma base de dados tão vasta quanto possível, assim como a informação onde estão (a quem pertencem) os documentos. Abraço. JRT

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