sábado, 3 de março de 2012

Divagações 21


Não há como formatar o destino às paixões pequenas e deixar o improviso para os amores maiores. Abrir, pela manhã, a infância das artes ou a iluminação do passado nos passos mal despertos. A tarde há-de recomendar, sempre, uma outra prudência nos gestos, ou no percurso. Todo o esforço do dia vai permitir à noite refazer, com liberdade, a coreografia inacabada.
Estará mais frio, porventura. Essa lâmina de lucidez terrestre que nos vai situar, definitivamente. Por acréscimo, fiapos que sobraram, ou palavras que não foram ditas serão matéria de sonhos inexplicáveis, que mal se recordam na manhã futura. Nem conseguiremos, nunca, decifrar a gosto.

3 comentários:

  1. Gostei desta prosa e, principalmente, da primeira frase.
    Boa noite!

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  2. Também gostei muito desta crónica dos dias tranquilos. Boa noite!

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  3. Obrigado, minhas Amigas. Bom Domingo!

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