Corpo de Ambiguidade
posso e não posso ir-me noite fora
nestes pilares do medo desta dor
- é quando os dedos ferem (não se tocam)
é quando hesito e coro
é quando vou não vou neste mergulho
em seco a imergir em pobre chão
de caos e flor e vinho e confusão
é quando sem chorar me escondo e choro
Nota: voz discreta e poeta pouco disposto às arenas literárias, João Rui de Sousa (1928) foi galardoado, pela A. P. E., com o Prémio Vida Literária 2012. Merecidamente.
Boa geminação. E o poeta merece.
ResponderEliminarÀs vezes, os prémios acertam.
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