Nenhum escritor pode julgar, em bom rigor, se um seu trabalho é bom ou mau, mas ele pode vir a saber, não imediatamente talvez, e dentro de pouco tempo, se algo do que escreveu é autêntico - no seu íntimo - ou falso.
...
A mais penosa de todas as experiências para um poeta é descobrir que um poema seu, que ele sabe que é falso, agradou ao público e até foi incluído em antologias. Porque, apesar de saber e pensar, que o poema pode ser razoavelmente bom, não é essa a questão; é que ele não o devia ter escrito.
...
A mais penosa de todas as experiências para um poeta é descobrir que um poema seu, que ele sabe que é falso, agradou ao público e até foi incluído em antologias. Porque, apesar de saber e pensar, que o poema pode ser razoavelmente bom, não é essa a questão; é que ele não o devia ter escrito.
W. H. Auden, in The Dyer's Hand (pg. 17).
Notável...
ResponderEliminarSaber de experiência feito...
EliminarUma visão muito interessante.
ResponderEliminarUm bom dia:)
É tudo uma questão de autenticidade humana e sentido crítico.
EliminarImprescindível num sério e honesto artífice.
Bom fim-de-semana!
Na ficção, parece-me que tudo é aceitável se
ResponderEliminarfor bem recebido por quem lê. Um artífice da
escrita até devia ficar satisfeito, penso eu.
Fundamentalmente, e para Auden, é a pureza e nobreza da Arte que está em causa. Mas eu substituiria, o "não o devia ter escrito" por: não o devia ter publicado.
Eliminar