quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Considerandos e consolação


Todos os anos, por esta altura, o TLS dedica algumas páginas a depoimentos de críticos, escritores, ensaístas e tradutores, de reconhecido mérito, para que se pronunciem sobre os melhores livros que saíram ou que eles leram durante o ano, e que consideram de maior interesse ou qualidade. Cumprindo a tradição, o penúltimo TLS (nº 5981) recolheu testemunhos de 63 personalidades muito diversas, ligadas às Letras.
E todos os anos, com alguma curiosidade, eu procuro descobrir minuciosamente se há algum nome português. É raro. E este ano não foge à regra. Indirectamente, no entanto, é referido um livro que também aborda o colonialismo português (Europe after Empire: Descolonization, society; and culture), entre outros (inglês, francês, belga e holandês) colonialismos.
O livro mais referido, pelos depoentes, é A Legacy of Spies, de John Le Carré, que eu li em tradução portuguesa e não me entusiasmou por aí além. Por outro lado, há inúmeras referências a livros do passado e autores já falecidos, como se houvesse uma fuga para trás, por desilusão com o que se publicou recentemente. Joseph Conrad, Evelyn Waugh, e até o Memorial de Santa Elena, de Las Casas, passando por Machado de Assis e Antonio Machado, merecem pareceres elogiosos, no TLS.
E, no meio disto tudo, para colmatar a lacuna portuguesa, eis que me aparece a imagem de uma obra de Joana de Vasconcelos, numa das últimas páginas do TLS!? Rejubilei. Embora fosse apenas para iconografar uma recensão a um livro que aborda o problema da religião, na Irlanda. Mesmo assim...

Sem comentários:

Enviar um comentário