"E disse (Jesus) aos que vendiam pombas: «Tirai isso daqui!
Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio.»"
João, 2, 13-25
Comentário pessoal: para lá da histeria desmedida, originada, sobretudo, em algumas redes sociais infantis e nalguns blogues mais desmiolados de virgens ofendidas, creio que valerá a pena ver este episódio com alguma frieza e aduzir as razões a montante que o permitiram: o despacho do Secretário de Estado da Cultura (Barreto Xavier) - numa altura em que o anterior Governo queria pôr tudo em patacos; a jusante, a figura eminente e insensata da Administração Pública que autorizou o ágape, no local. E talvez seja útil lembrar que o uso do Panteão Nacional, não foi inédito, para este fim. Ainda há cerca de um mês (16 de Outubro de 2017) a NAV (Navegação Aérea de Portugal) usou o espaço para os mesmos efeitos de restauração...
Por que razão essas virgens ofendidas do costume, nessa altura, não se teriam queixado e escandalizado?
Por que razão essas virgens ofendidas do costume, nessa altura, não se teriam queixado e escandalizado?
"Por que razão essas virgens ofendidas do costume, nessa altura, não se teriam queixado e escandalizado?"
ResponderEliminarPorque não se falou de tal nas "famosas" redes sociais, mas do WebS... sim, porque as redes de notícias e as sociais enjoaram-nos de tanta informação sobre! E fala-se sempre (aliás grita-se) porque se pode vir a ser falado (os tais 5mn de fama)!
Boa tarde
Por entre os desmiolados papagaios humanos e o "andar nas bocas do mundo" (os tais 5 mns. de fama que a Paula refere), anda por aqui, sobretudo, muita hipocrisia.
EliminarRui Tavares traz hoje no jornal Público uma crónica pertinente e oportuna sobre o caso que eu subscrevo por inteiro.
Boa tarde, também!
Eu concordo completamente consigo. Se é para permitir e foi permitido, se era para se protestar, não era agora. E isto digo eu que não liguei nada ao WebS. Para além de que ainda não entendi se o problema é: ser o panteão, por razões simbólicas ou se é por causa dos mortos em geral; se o problema é ter sido o WebS ou se teria sido assim para outro evento. Depois questiono-me quanta gente se queixa e nunca lá pôs os pés. E pergunto-me se uma utilização assim (caso não seja abusiva) não é melhor que deixar o património ao abandono ou à beira da ruína. Parece-me muito barulho por nada e só se justificava se tivesse sido ilegal ou se tivessem danificado alguma coisa. Espero não levantar polémicas, contudo :-) Boa tarde!
ResponderEliminarAntes de mais, eu creio que a WebS criou muitos anti-corpos, polémica até pelas presenças institucionais que lá foram e até discursaram. E foi muito falada e noticiada, o que é um bom fermento para estas "cabecitas loucas" meterem o bedelho, para aproveitar a onda de ficar na fotografia.
EliminarNa impossibilidade de pensarem noutras frequências, esta gentinha gagueja sempre os mesmos assuntos de moda, na forma mais rasteira e hipócrita.
Concordo consigo: muita desta gente nunca pôs os pés no Panteão.
Uma boa noite, que a luz natural já se foi!..:-)
Em verdade, o tal Barreto limitou-se a estabelecer preços e condições. Porque jantares e festanças, públicas e privadas, em monumentos, sempre houve. No Panteão entram turistas em barda, apresentam-se livros do Harry Potter com adolescentes aos gritinhos e até lá meteram um futebolista, que, destas coisas todas, é a única que não acho aceitável.
ResponderEliminarPois, o Potter compaginava-se muito bem, muito embora a Capela dos Ossos, em Évora, tivesse mais pátina, quanto a mim. Ou a Cadeia da Relação, aí no Porto, cidade onde a sra. Rowling viveu uns anos.
EliminarE gostava de estar cá para ver a ocupação dos reservados: o do prolífico Ronaldo e a cripta destinada ao bem sucedido engenheiro F. Santos. Que o futebol nacional tudo merece!
O Panteão Nacional é um espaço laico. No átrio, local onde foi realizado o jantar, que pelos vistos não foi o primeiro, não está nenhum túmulo, estão cenotáfios.
ResponderEliminarE em relação ao Eusébio acho muito bem que esteja no Panteão.
Bom dia!
Eu penso que tudo passa pelo sentido crítico de cada povo e pela avaliação de qualidades que um país quer privilegiar nos seus maiores.
EliminarNão consigo imaginar, por exemplo, que no futuro os franceses venham a querer inumar o Zinédine Zidane no mesmo local onde está o cenotáfio de Jean Moulin. E George Best foi simplesmente sepultado em Dublim, junto da mãe. Do ponto de vista dos ingleses, ele não mereceria mais.
Bom dia!