Nunca a evolução da Humanidade foi no sentido, sempre o mesmo, de progresso da democracia, ao longo dos tempos. Houve sempre altos e baixos: desvios e recentragens, em relação ao objectivo. E será que esse é um desígnio essencial dos homens? (Retórica, há que fazer, honesta e humildemente, a pergunta.)
Por outro lado, é extremamente difícil dizermos coisas novas sobre importantes acontecimentos do passado que, todos os anos, em cerimónia evocativa, se repetem. Mas seria também imperdoável não fazermos nenhuma referência à data. Pese embora que essa data possa ser inócua, emotivamente, para quem a não viveu.
Por outro lado, é extremamente difícil dizermos coisas novas sobre importantes acontecimentos do passado que, todos os anos, em cerimónia evocativa, se repetem. Mas seria também imperdoável não fazermos nenhuma referência à data. Pese embora que essa data possa ser inócua, emotivamente, para quem a não viveu.
Optei, assim, por uma fotografia de Alfredo Cunha, no Terreiro do Paço, em que o Passado se apresenta formal, servil ou obediente, respeitador, reverencial (à direita) e o Futuro se anuncia, mesmo que momentaneamente, pela figura simples, pedestre, atenta e liberta de Salgueiro Maia (à esquerda).
Boa exposição a de Alfredo Cunha. Mas discordo quando afirma que quem não viveu o 25 de Abril sente a data como emotivamente inóqua. Não é verdade. Conheço gente que morre de pena de não ter vivido esses tempos. E isto porque os conhece e agradece, porque os comemora e sente como herança. É também esse amor que lhes legamos. Muito mais que tudo o resto, o nosso legado fica-lhes na pele e no coração, nos valores de primeira água. E Abril com suas conquistas é um deles. A preservar por cada um de nós, forma nossa de vivermos neles e sermos futuro sendo passado. Não me parece que haja herança de maior importância ou valor.
ResponderEliminarAtenção: eu tinha escrito "... possa ser...". Claro que há excepções, tal como há oponentes - grande parte dos que tiveram de regressar do dito "Ultramar". Nada é a preto e branco, como as fotografias clássicas e geniais de alguns, raros, fotógrafos, como Alfredo Cunha. A generalização é sempre um perigo.
EliminarQue tenha um bom 25!
Belíssimo instantâneo histórico! Bom dia!
ResponderEliminarÉ verdade, Paula.
EliminarBom dia!
Concordo com a Bea: há gente e gente. :)
ResponderEliminarQuanto à foto, acho que tem a ver com a hierarquia: um polícia e um capitão.
Bom 25 de Abril!
O respeitinho é sempre muito bonito..:-))
EliminarBom dia comemorativo!
Em tempo:
Eliminarnão é polícia (raso), pelas galonas é graduado..:-)
Tinha 15 anos na época e estava a descobrir um mundo de livros e filmes, com a guerra colonial num horizonte muito próximo, e desejava ler todos os livros que me apetecesse e ver filmes sem cortes, desejava um mundo sem guerras e onde todos fossem felizes e onde a liberdade de pensar diferente fosse aceite e ainda hoje o desejo:)
ResponderEliminarMuito boa tarde!
Raras que são as revoluções, e sobretudo as que têm nobres propósitos, e, por isso, foi um feliz acaso podermos ter acompanhado de perto e ao vivo a do 25 de Abril.
EliminarBom resto de dia!