O título deste poste não tem nada de censório, mas tem a ver com o facto indesmentível de a língua francesa estar em queda, em Portugal, nos últimos 30/40 anos. E este vídeo da Radio-Canada ser em francês.
Pois deliciem-se os fanáticos de Simenon (1903-1989), que dominam o francês, com esta entrevista interessantíssima do grande escritor belga, em que ele fala da construção das personagens, nomeadamente Maigret. Terão entretém para quase meia hora.
Claro que serão os happy few, que não os ligeiros apressados e frenéticos cibernautas que, em média (90%), visitam e gastam no Arpose cerca de 1 a 3 minutos, quando muito. (Que a vida lhes continue a ser leve!...)
Vou ouvir! Há pouco tempo li a biografia dele, escrita pelo Pierre Assouline e achei extremamente interessante. Se ele aqui fala do Maigret, ainda vou gostar mais :-)
ResponderEliminarBoa tarde (de uma das happy few)
E faz muito bem, Paula.
EliminarCom Maigret, felizmente, encontra 73 obras na colecção Vampiro, traduzidas para português (algumas, mal, no entanto...), que, com sorte, conseguirá comprar em alfarrabistas.
Mas recomendo-lhe, também, alguns dos ditos "romans durs", como por exemplo: "Tante Jeanne", "La maison des sept jeunes filles", "Le Chat" (que foi traduzido pela Bertrand), "La neige était salle" ou esse documento extraordinário que é "Lettre à ma mère".
Uma muito boa tarde!
Temos os Maigrets todos, em português e francês, conforme fomos coprando cá e lá, alguns em alfarrabistas, é verdade! Nunca tentei os "romans durs", agradeço o conselho, um dia destes tento-me por um destes de que fala (no original de preferência)! A "Lettre a ma mère" é muito falado na biografia, que vale a pena! E sim, gostei do que ouvi. Bem que procurámos lá a Brasserie Dauphine, mas sem sucesso ;-)
EliminarA Brasserie Dauphine, em relação a Maigret, deve ser a mesma situação da Baker Street 221B, no que diz respeito a Sherlock Holmes. Porque o número de porta também não existia..:-)
EliminarEstive no 221B, criado em homenagem ao Sherlock, sob a forma de museu. Foi de encontro a todas as minhas fantasias/memórias criadas, quer com os livros, quer com a criação do personagem pelo Jeremy Brent. Só faltou a Mrs. Hudson! Boa tarde
EliminarDeve ser recente porque, quando por lá andei, ainda não existia...
EliminarFim anos 90 (marcante por ser a primeira vez que andei de avião!)
EliminarBom fim semana
Confere, Paula. No meu caso, foi em Outubro de 1985.
EliminarQuero dizer que já vi este vídeo. As memórias gostei, mas nunca topei a "Carta a minha Mãe", é pena.
ResponderEliminar"O homem que via passar os comboios" é um dos romances do século, não?, um documento codificado acerca da CEE aconselhado ao sr. Dijsselbloem kkkk... Obrigado.
Talvez. Quanto ao livro de memórias, acho-o um verdadeiro murro no estômago...
EliminarBom dia.
Lá vou quebrando a barreira dos 1 a 3 m, mas admiro na mesma o 'work in progress' inscrito no blogue.
EliminarAdmiro bastante as Memórias, e confesso ignorar Maigret, comecei a ler um deles, mas depois faltou-me tempo, não o interesse.
Pois folgo que assim tenha acontecido, pois a entrevista me parece bem interessante.
Eliminar1. Muito obrigado pela partilha. Já conhecia (por acaso, porque sou fã incondicional), mas vou rever como se fosse a primeira vez.
ResponderEliminar2. A "Carta para Minha Mãe" tem edição portuguesa, tal como as "Memórias Íntimas" - a autobiografia que é uma longa carta à filha, Marie-Jo, que se suicidou. Leiam-se, em português ou em francês.
3. Mas leia-se, sobretudo, a obra novelesca/romanesca do maior escritor de todos os tempos.
4. Em favor dos leitores-relâmpago do Arpose: 1 a 3 minutos, num blogue, é suficiente (e não estou a ser depreciativo; um blogue é um blogue, por definição; é uma coisa da idade do byte, com bem menos de quarenta anos...). Mas quando o leitor é remetido para um vídeo do YouTube prefere (eu prefiro!) clicar no botão do próprio YouTube e ver em tamanho grande.
Mas eu creio que o tempo continua a contar...mesmo passando para o Youtube.
EliminarConcordo com a qualidade (maior) da obra novelesca/romanesca ("romans durs").
Bo resto de semana!
Pois, só para chatear, hei-de cá voltar e ouvir o senhor de fio a pavio, que não me interessa assim tanto a construção das suas personagens (e como sabe o tempo que alguém gasta? é pá, não consigo descobrir esta coisas)
ResponderEliminarNem todos, nem todos... Há uns andróides russos que não passam no crivo.
EliminarGosto muito de Simenon. E adoro vê-lo com o seu cachimbo que
ResponderEliminarme faz sempre recordar Maigret essa extraordinária criação de
Simenon. Tenho os dois volumes das Memórias Íntimas que
em tempos devia ter lido.
Pesadas, as "Memórias Íntimas"...
EliminarMais leves os "Maigret"; nos "romans durs", há de tudo.
Mas é um romancista que vale sempre a pena ler.
Como disse a Paula, temos todos os Maigret, nas mais diversas edições, alguns bem velhinhos comprados em Alfarrabistas outros em poche e um grosso volume reunindo a totalidade dos contos. Li alguns contos sem o célebre comissário, mas os denominados "romans durs", ainda não. Ainda me falta ler a biografia:)
ResponderEliminarMas é sempre interessante escutar o escritor a falar dos seus personagens e recordo-me de que num dos policiais o próprio Simenon surge como personagem a incomodar bastante o comissário.
Muito bom dia!
Eu creio que se refere às "Memórias de Maigret" (salvo erro), que é uma experiência interessante.
EliminarHá também vários pequenos contos de Maigret, em livros conjuntos. Felizmente que Simenon escreveu muito: assim há sempre coisas a descobrir..:-)
https://youtu.be/aRZBUwZ1L5k?list=LLR0Zxwb1OziZbq8KM-2VXvA
ResponderEliminarUm pequeno resumo da vida de Simenon que achei interessante partilhar.
Vem um pouco em complemento deste seu post.
Muito grato lhe fico pela dica do vídeo, que não conhecia.
EliminarMuito bom em iconografia e sucinto, q. b., de texto.
Desejo-lhe uma boa noite.