Há um friínho na manhã que tolhe os pardais nos ninhos e as andorinhas que se aventuram a sair dos beirais aconchegados, mas a chuva pré-anunciada, para hoje, não fez ainda a sua aparição, apesar do céu azul-cinzento carregado.
Ando em itinerário feliz de leituras, depois de três livros de poesia que não me deixaram saudades. Acabado Magris (Instantâneos), sempre compensador, seguiu-se-lhe Manguel (Embalando a Minha Biblioteca) que, apesar de algumas gralhas que não chegam para desfeitear a limpa tradução de Rita Almeida Simões, me deu grande prazer de leitura. Acabei o livro ontem.
Como se diz, por troca de sujeitos, que o pão é guloso, assim diria eu da prosa de Alberto Manguel (1948), amena e afável, corredia e culturalmente informativa. Recém-nomeado director da Biblioteca Nacional da Argentina, o escritor que a si próprio se denomina de "judeu errante", narra em prosa simples, mas elegante, o que foi o desmantelamento da sua biblioteca (mais de 30.000 livros), em França, e o seu envio para lugar incerto (Canadá?). Cada um dos 10 capítulos da obra inspira-lhe uma série efabulada de reflexões culturais de inegável interesse para o leitor.
Retenho, da leitura finda, uma frase estimulante de Alberto Manguel: Os pecados antigos projectam sombras longas (pg. 124).
Recomenda-se a obra a quem gosta de livros.
Nota pessoal: com envoi e estima para a Isabel, no seu "Palavras daqui e dali", que, gentilmente, primeiro me deu notícia da saída deste livro de Alberto Manguel.
Como se diz, por troca de sujeitos, que o pão é guloso, assim diria eu da prosa de Alberto Manguel (1948), amena e afável, corredia e culturalmente informativa. Recém-nomeado director da Biblioteca Nacional da Argentina, o escritor que a si próprio se denomina de "judeu errante", narra em prosa simples, mas elegante, o que foi o desmantelamento da sua biblioteca (mais de 30.000 livros), em França, e o seu envio para lugar incerto (Canadá?). Cada um dos 10 capítulos da obra inspira-lhe uma série efabulada de reflexões culturais de inegável interesse para o leitor.
Retenho, da leitura finda, uma frase estimulante de Alberto Manguel: Os pecados antigos projectam sombras longas (pg. 124).
Recomenda-se a obra a quem gosta de livros.
Nota pessoal: com envoi e estima para a Isabel, no seu "Palavras daqui e dali", que, gentilmente, primeiro me deu notícia da saída deste livro de Alberto Manguel.
Deve ser um livro bem interessante. Boa tarde!
ResponderEliminarE lê-se muito bem.
EliminarUma boa noite.
Fico contente de ter sido eu a dar-lhe esta simples novidade.
ResponderEliminarAinda não li o meu. Cada vez leio menos. Mas hei-de lê-lo.
30 000 livros...é invejável!
Uma boa noite:)
Há 5 ou 6 autores cuja saída de novos livros me enche de expectativa, para não dizer alegria..:-)
EliminarHá sempre as férias para pôr a escrita em dia ou, pelo menos, dar lugar a prioridades. Este, de Manguel, lê-se com muito agrado.
Retribuo a boa noite, com estima.