terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Astrologias (10) : Peixes


Dizem-no tímido, eu prefiro chamar-lhe discreto. De que escapa, habitualmente, o terceiro decanato (Alice Vieira), de 11 a 20 de Março, que junta aos patronos Neptuno e Júpiter, o combativo Marte. Mas se eu tivesse que escolher apenas um adjectivo para caracterizar o signo astrológico dos Peixes, não hesitaria na opção: compassivo. Por alguma razão, os primitivos cristãos usaram o símbolo do peixe para sua senha e sinal.
Sensível, impressionável, muito intuitivo, quase mediúnico, por vezes, tem grande capacidade para perceber os outros. Foram nativos deste signo alguns músicos célebres, em cujas obras a extrema sensibilidade se aliou à melancolia (Chopin, Vivaldi, Händel, Ravel); e também grandes intérpretes (Caruso, Liza Minnelli, Elis Regina). Do signo dos Peixes, também, alguns poetas singulares (Auden, David Mourão-Ferreira, Ruy Belo) e escritores (Camilo, Kerouac, Updike). Pintores marcantes (Miguel Ângelo, Renoir, Mondrian).
Impassíveis, normalmente, na sua expressão ( há quem fale de um lado linfático), estão sujeitos a pequenas mazelas de pele (acne, frieiras, borbulhas), mas o seu ponto mais sensível, são os pés. Tendência para dupla personalidade, embora menos acentuada do que em Gémeos ou Sagitário. Também há quem afirme que são influenciados pela Lua. Aquando da Lua Cheia, são muito activos; na fase da Lua Nova, sentem-se fatigados.
Dos Peixes, são também alguns políticos, pioneiros ou de ruptura de ciclos, para o bem e para o mal, como o nosso rei D. João IV, George Washington, Mikhail Gorbatchov ou Osama bin Laden. Poucos artistas de cinema: Elizabeth Taylor, a dos olhos violeta. Raros cientistas: Albert Einstein. De países sob a influência do signo de Peixes, temos Portugal. Não fosse o mar a nossa marca de água.

6 comentários:

  1. Concordo com o adjectivo de "compassivo" que me faz pensar no meu sogro e no meu cunhado que são duas pessoas com um coração enorme e uma paciência infinita. E bem compassivo são os portugueses, não haja dúvida. Para bem e para o mal.

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  2. Na minha ideia, há realmente uma inata bondade em grande parte dos nativos dos Peixes. Mas creio que, em todos os seres humanos, há também limites para os sacrifícios e sofrimento. É disso que tenho receio, Margarida, em relação ao que os portugueses estão a passar e suportar. É que pode vir a haver uma revolta violenta e anárquica, descontrolada, em suma, por tudo isto.

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  3. Quando se passam - depois de muito, mas muito chateados - é melhor não estar por perto. Sei do que falo. :-)

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  4. Acredito. Aliás, os Evangelhos dizem que é de temer "a cólera dos justos".

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