![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4fBK8n81bqq2cdbgq1rekfgPSVp52vv7K2-WCzKKhznkqHrLJDCSaAi-2L1N12oGB0ml03-gP3Sp0bLS6JGWzlFxFYMQv2S1UZfXWaTohI-QGr0Pn6y2bCW33_YNEidJf4aPpHRHMfPLX/s400/jose_gil_01.jpg)
"Tudo isto entra no mesmo plano de não-inscrição que atravessa a existência dos portugueses. Compõe-se assim a estranha imagem de um povo com um fundo de barbárie envolvido por inúmeras camadas de cultura (desde o paganismo grego e latino aos celtas e árabes) que não conseguem transformar completamente esse fundo em civilização.
Qualquer coisa de não formado, de tosco, de não acabado pertence ainda à cultura portuguesa de hoje. Qualquer coisa que, no entanto, perdeu a força diante da extraordinária produção cultural popular, que foi absorvendo o fundo bárbaro sem nunca o esgotar, sem nunca o transferir para formas civilizacionais."
José Gil (1939), Portugal, Hoje: O Medo de Existir, pg. 99.
Interessante ideia, adequada ao dia de nevoeiro gélido, fantasmagórico...
ResponderEliminarEmbora os portugueses não sejam muito dados a filosofias (eu próprio, sou um exemplo) acho que José Gil, neste caso, enuncia uma verdade, c.a..
ResponderEliminarE eu concordo consigo. E precisamente por concordar pareceu-me ver uma coincidência feliz entre o teor da reflexão e o dia em que a divulgou, um dia fosco, sem brilho.
ResponderEliminar