quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A Batalha de Montjuic

Por razões afectivas, há duas comunidades autonómicas espanholas, que se sentem, ou nós sentimos, mais próximas de Portugal do que de Castela. Refiro-me à Galiza e à Catalunha. A raíz comum do galego-português na poesia, no iño, nos sentimentos quase minhotos (Rosalía), na gastronomia, explicam, em parte, essa afectuosidade recíproca com a Galiza.

Da Catalunha, e do pouco que conheço, talvez a maneira de ser que é menos alacre e orgulhosa ( e não estou a falar de sentimento de independência que os catalães têm arreigado) do que a castelhana, a recordação do Condestável D. Pedro, filho do homónimo português das-sete-partidas, que lá foi rei. Mas os portugueses devem, também, em parte, à Catalunha, a sua re-independência de 1640. Porque os dois movimentos independentistas ocorreram no mesmo ano (1640), na Catalunha com els segadors (os ceifeiros) e, em Portugal, com boa parte da nossa nobreza. E Filipe IV (terceiro de Portugal) teve que dividir as suas tropas para tentar sufocar as duas rebeliões simultâneas, e Portugal ganhou com o facto.

Por isso, hoje, recordo a Batalha de Montjuic (26 de Janeiro de 1641), ganha por Pau Clarís, herói catalão que morreu pouco tempo depois. E a versão alargada do hino da nação catalã: Els Segadors, em homenagem aos campesinos que iniciaram a revolta, no séc. XVII.

P. S.: para os 3 Amigos prosimetronistas, que andam por terras de Espanha.

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