Faleceu ontem o poeta Armando da Silva Carvalho (1938-2017).
Li-lhe alguns dos seus primeiros livros, com gosto e proveito. Mas, depois e com o andar dos anos, comecei a situá-lo entre Mendes de Carvalho (hoje, completamente esquecido) e Alexandre O'Neill, pela feroz claridade das suas sátiras aciduladas. E, aí, eu preferia, sem dúvida, a mordacidade criativa de O'Neill, onde sobrenadavam quase sempre alguns pequenos filamentos de ternura.
Mas aqui deixo estas palavras de leitor antigo, pelo seu desaparecimento.
Li a "Lírica Consumível" na minha adolescência, precisamente essa edição da Ulisseia que comprei na Feira do Livro, eram os meus anos poéticos e Armando Silva Carvalho era um dos poetas que figuravam lá por casa.
ResponderEliminarLentamente eles vão partindo e embora nos deixem a sua poesia, não lhes encontro descendentes e isto aplica-se tanto à Literatura, como ao Cinema e à Música, como às Artes.
Bom fim-de-semana!
A ideia com que fiquei é que era uma poesia musculada, com alguma, corrosiva, ironia. Sou capaz de o vir a reler, esta noite.
EliminarConcordo que, quando termina uma obra de um autor que apreciamos, é um vazio que nos fica.
Retribuo, cordialmente, os seus votos!
Eu aprecio a poesia de Armando Silva Carvalho, de modo que lá o fui lendo...
ResponderEliminarBom sábado!
Para ser verdadeiro, fiquei-me pelo princípio...
EliminarRetribuo!
...e gosto dos filamentos...
ResponderEliminarÉ o cerne da questão!..:-))
EliminarObrigabraço!