sexta-feira, 2 de junho de 2017

A caridadezinha, fraterna e regional


Com a sua habitual isenção económica, The Wall Street Journal noticiou que a Goldman Sachs tinha comprado 2,8 mil milhões de dólares de dívida pública, ao Banco Central da Venezuela, por cerca de 865 milhões de euros. A oposição ao Presidente Maduro explodiu de indignação, ao saber do facto. Eu próprio fiquei varado. Mas, ao mesmo tempo, pensei, tentando ver o lado positivo dessa dádiva misericordiosa, que assim talvez esta compra, a preços de saldo, evitasse o regresso de tantos milhares de madeirenses à sua Ilha, como já foi acontecendo, pela insegurança de quase guerra civil que se vive na Venezuela. Mas continuei surpreendido: porquê, mesmo que indirectamente, ajudar os pobres emigrantes madeirenses?
E foi o clic. Só então me lembrei que a Goldman Sachs conta, nos seus altos quadros, com o nosso boy Durão Barroso. E deve ter sido a sua mão patriótica, fraterna e regionalista, a forçar o negócio. Podia ele lá esquecer ou abandonar os seus infelizes e desprotegidos compatriotas?

2 comentários:

  1. O homem que nos defendeu tão bem quando esteve como Presidente da Comissão Europeia... Se há tipo que eu não suporto, para além do Cavaco...
    Boa tarde!

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    1. Um vendido - para não me estender muito...
      Bom fim-de-semana!

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