A minha maneira de te amar é simples:
aperto-te contra mim
como se houvesse um pouco de justiça no meu coração
e eu ta pudesse dar com o meu corpo.
Quando desordeno os teus cabelos
algo de muito belo nasce das minhas mãos.
E quase não sei mais. E só aspiro
a estar contigo em paz e a estar em paz
como se isso fosse uma obrigação desconhecida
que às vezes me pesa demais no coração.
Ainda se escrevem poemas de amor.
ResponderEliminarEstar em paz e amar, assim deve ser.
Os grandes poetas, como é o caso de Gamoneda, ainda o fazem e com brio..:-)
EliminarBelíssimo poema!
ResponderEliminarBoa noite!
Também o considerei uma maravilha..:-)
EliminarBoa noite!
É muito bonito este amor pacificado. E quadra com a cara que está ali em cima. Estão um para o outro. Os poetas dizem coisas que só a eles lembram, mas são a linha recta do sentido "como se houvesse um pouco de justiça no meu coração e eu ta pudesse dar com o meu corpo" ou "como se isso fosse uma obrigação desconhecida que às vezes me pesa demais no coração". É formidável.
ResponderEliminarToda a história do Poeta, e a obra, é marcada pela experiência vivida da Guerra Civil. E ele conseguiu sublimá-la de forma genial, pelos seus versos.
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