Enquanto reinicio a leitura de os Cahiers, de Cioran, por volta da página 850, vou ouvindo, em simultâneo, a banda sonora (The Poet Acts) de Philip Glass para o filme The Hours, sobre a vida de Virginia Woolf. Tarefa inglória: raramente as duas acções conseguem conviver harmoniosamente, partilhando esse meu tempo. Ora é a intensidade da música que me distrai da leitura do diário de Cioran, ora são as palavras dramáticas do (filósofo) romeno que me fazem esquecer os acordes do músico norte-americano.
Faço uma pausa, para decidir por qual hei-de optar...
Mudo para Sigur Rós, e mantenho E. M. Cioran.
Mudo para Sigur Rós, e mantenho E. M. Cioran.
Uma alternativa interessante poderia ser pegar no livro de Michael Cunningham e manter Glass. Um filósofo romeno, para mais quase sempre maldisposto, não me parece boa companhia para a madrugada de um sábado com tanto sol.
ResponderEliminarQueria acrescentar, já que falo do sol: e Sigur Rós também é para dias mais negros.
ResponderEliminarEm abono da verdade, tenho de esclarecer que o texto é de ontem, à noite. Tenho lido estes "Cahiers" muito parcimoniosamente, até porque é o último livro de Cioran que tenho para ler (a obra dele não é grande), e quero demorar a acabá-lo (vou na pg. 852 das 999...), para durar.
EliminarTenho também que confessar que conheço mal quer o Cunnhingham quer o Rós.
Bom fim-de-semana!
Para ler, só alguns barrocos. Senão, distraio-me.
ResponderEliminarBom fim de semana!
No meu caso, ou a música tem espinha (dorsal) e me distrai, ou não, e então pode servir de cenário de fundo.
EliminarRetribuo os votos!
Toda a música me distrai da leitura. Não curto ler com barulho ou sons próximos. Só o silêncio convém. A música acompanha-me mais os devaneios, o tempo de descanso ou que lhe dedico. Bom, também gosto de cozinhar com música.
ResponderEliminarTudo depende da densidade do que se lê. Mas muita da chamada "música ambiente" serve para posição secundária.
Eliminar