terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Recomendado : sessenta e seis


Por vezes, é difícil apercebermo-nos, no decurso da amena leitura, se é de memória-ficção que se trata, ou de memória-realidade o que vamos lendo, porque o ritmo dos acontecimentos deste volume de John Le Carré (1931) é, quase sempre, acelerado e fascinante.
Depois há retratos breves, mas impressivos, de Richard Burton e Alec Guiness ( uma espécie de alma gémea de John Le Carré, já o sabíamos...), de Kubrick e de Fritz Lang, quase cego e em plena decadência profissional. Só por isso, valeria a pena comprar e ler este livro.
Remato com uma citação interessante: Graham Greene diz-nos que a infância é o saldo credor de um escritor. Por essa medida, pelo menos, eu nasci milionário. (pg. 319)
Recomendado.

2 comentários:

  1. Confesso que sou um fan deste escritor e estou a seguir a série "The Night Manager", mas ainda não li este livro, que originou grande polémica com o seu biografo. Obrigado pela sugestão.
    Boa Tarde!

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    1. Coisas boas, apetece sempre partilhá-las. Não sendo um livro de memórias, no sentido clássico do termo, é muito agradável de ler. E vale a pena: atradução parece-me boa.
      Boa tarde!

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