sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Leituras Antigas XLII


Creio que poderei dizer que me despedi, saciado, da infância, bem como da adolescência. Costumo até dizer, por ironia, que tive uma infância feliz. Porque raramente regresso a esse paraíso artificial ou ao fetichismo mental dos seus brinquedos, filmes ou livros. Embora, aquando da infanto-adolescência dos meus filhos, o tenha feito por obrigação afectuosa. Mas foi - diria - a despedida final, a cerimónia dos adeuses.
É possível, no entanto, que por vezes haja pequenas e fortuitas recaídas na compra de pequenas coisas, livros, postais de um tempo passado. Talvez mais até pelo seu lado estético, como estes dois Vampiros Magazines, dos anos 50, com belíssimas capas de Cândido Costa Pinto, com influência surrealista. Para não falar das traduções de Victor Palla dos contos de cariz policial, que estes pequenos livros encerram.

8 comentários:

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    1. É verdade. E em muito bom estado e óptimo preço..:-)
      Bom fim-de-semana!

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  2. Recuso despedir-me da infância e tenho mesmo a convicção de que ninguém se despede dela e essa criança que fomos é ainda grandemente responsável pela atitude que temos perante a vida ao longo dos anos (ela e o modo como cada um na sua singularidade a interpreta). Mas estaconvicção pode advir-me de não ter lido vampiros e nem os ter conhecido e ter passado ao lado de quase todos os adereços comuns a tal período da ida. E, no entanto, no meio das muitas lágrimas que chorei - era dada a grandes desgostos - foi um bom tempo. Sustenta-me o presente e por vezes até consegue iluminar-me o futuro.
    Que não perdemos quem fomos.

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    1. Há que respeitar a diferença e a experiência de cada um, bem como a sua idiossincrasia. Explicar, em pormenor, o meu ponto de vista seria excessivo, para o fazer no Blogue.

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  3. Mas que grande compra! Não são nada fáceis de encontrar.

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    1. Realmente, é raro aparecerem. Tenho apenas 13, dos 30 (creio) que foram publicados.

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  4. Gosto de coleccionar coisas ligadas à infância. Despedi-me bem da infância e melhor da adolescência, mas acho que continuo com um lado infantil que de vez em quando vem ao de cima.

    São lindas as capas. Não conhecia a revista.

    Bom sabádo:)

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    1. A irreverência, da infância, é, muitas vezes, salutar, e essa também a uso, ainda hoje..:-) Poderíamos chamar-lhe, simplesmente, naturalidade.
      Lindas capas, realmente. Que, nos dias de hoje, não se repetem, em qualidade.
      Uma boa tarde, albicastrense!

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