Não há regresso.
Mas existem alguns movimentos
que se assemelham a um retorno
como o relâmpago à luz.
É como se fossem
formas físicas da memória,
um rosto que volta a formar-se por entre as mãos,
uma paisagem submersa que se reinstala na retina,
há que procurar medir de novo a distância que nos separa da terra,
voltar a comprovar que os pássaros ainda nos seguem, vigilantes.
Não há retorno.
No entanto,
tudo é uma invertida esperança
que vai crescendo para trás.
Roberto Juarroz, in Poesia Vertical (1987).
A esperança para trás é o trabalho da memória e apenas os poetas o chamam de esperança. Obrigada por poema e poeta.
ResponderEliminarTambém tirei partido: ao traduzir apreende-se melhor.
EliminarGosto deste poeta e as suas traduções são
ResponderEliminarsempre bem vindas.
Boa noite.
Muito obrigado.
EliminarUma boa noite, também.
Subscrevo o comentário de Maria Franco.
ResponderEliminarBom dia!
Agradeço.
ResponderEliminarBom dia!