Pequenas chinesices nos podem infernizar os dias. Mas também pequenas coisas, muitas vezes, nos bastam para alegrar a noite. Ou, simplesmente, uma breve frase pela manhã, dita por alguém.
Já passava das 20, quando chegamos. O restaurante era tranquilo, discreto, até no serviço atento, e distante daquele quitche habitual de dragões, vermelhos e dourados berrantes, dos lacados excessivos. Nem parecia chinês. A cozinha era boa, as doses generosas e apaladadas. E depois, a dona era muito simpática e prazenteira, de rosto alongado (Aquariana?) à Virginia Woolf, que nos disse, com orgulho e num inglês com sotaque (estivera em Londres uns anos), que era natural de Xangai. Ao despedirmo-nos, ficamos todos bem dispostos com a sua alegria oriental.
Depois, na Avenida, ainda havia coroas de flores em volta da estátua de Bolívar (restos da festa nacional da Venezuela) e três incas (?) rodeavam o pedestal, confraternizando bem dispostos. Soube-me bem. Mas foi também agradável aquela meia-hora na esplanada do D. Maria, tendo em frente o D. Pedro IV ( ou o Maximiliano?), com poucas pessoas e carros em volta, beberricando o café e a caipirinha na noite de Julho.
Perto do Largo do Picadeiro, à frente do S. Carlos, esperava-nos um quarteto chinês tocando, por instrumentos exóticos, estranhas músicas do seu País. Até deu para assimilar o seu cantar insólito e profundo que "parecia vir dos pés" (obrigado, HMJ!).
De pouca coisa, realmente, se pode fazer a noite tranquila dos homens.
Já agora, pode saber-se o nome do restaurante? :)
ResponderEliminarVai a informação pelo método antigo...
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