segunda-feira, 18 de junho de 2018

Histórias de reis


Creio que foi em 2005 que, sob o patrocínio da Universidade Católica e coordenação de Roberto Carneiro, teve início  uma colecção que traçava a biografia individualizada dos 34 reis portugueses. Cada rei teve o seu biógrafo, normalmente um historiador conhecido e competente. Dos poucos livros que li, elegeria a biografia de D. João II, como a mais curiosa, e o volume sobre Filipe I (de Portugal) como o menos interessante. Seja como for, neste particular, Portugal foi pioneiro.
Por volta de 2015, e sem preocupações de ordem cronológica de publicação, uma editora inglesa começou a lançar no mercado as biografias dos reis da Grã-Bretanha, intitulando-se a colecção: Penguin "Monarchs". Estavam previstos 45 volumes. Que têm vindo a publicar-se.
Mais recentemente, ainda, foi publicada, em França, a vida do gaulês Vercingétorix. E outras biografias, ao que parece, irão surgir. Não sei se noutros países europeus estará a acontecer o mesmo.
Nestes tempos de globalização e internacionalismo militante, em que prezar as coisas nacionais, para alguns, não deixa de ser vergonhoso, considero os factos atrás referidos como um sinal muito curioso e contracorrente.

10 comentários:

  1. Roberto Carneiro foi o melhor Ministro da Educação pós 25 !
    E podia ser Ministro de outras pastas dada a sua cultura , inteligência e trato ...

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    1. Dois amigos meus, que fizeram o seu precurso pelo Ministério ao longo dos anos, elejem José Augusto Seabra...
      Mas eu, que falei algumas vezes com R. C., corroboro as qualidades que lhe aponta, e acrescento outra: afabilidade.

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  2. Não sabia que Portugal tinha sido pioneiro neste ponto. Pensava que os ingleses que são tão amantes e praticantes de biografias tivessem sido os pioneiros neste domínio.
    Bom dia!

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  3. Tenho a coleção, mas li poucas. Gostei da de D. João II e da de Filipe III (ou IV, como queiram). Algumas das que li não são biografias de reis mas de reinados, o que é diferente.
    Bom dia, de novo. :)

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    1. Talvez tenha sido em apoio do brexit..:-)
      Às vezes, até os historiadores se confundem, nestas coisas.
      Uma boa tarde.

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  4. De momento, em Portugal, outra iniciativa, diferente, mas que também preza textos nacionais, que, suspeito, conhecerá: a colecção Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa, dirigida por Carlos Fiolhais e José Eduardo Franco.

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    1. Tinha ouvido falar e parece-me, também, uma boa ideia. Não vi ainda, no entanto, nenhum dos volumes. Mas parece-me que os coordenadores garantem qualidade e competência, à partida.

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  5. Tem toda a razão. Conheço bem José Eduardo Franco. É uma força da natureza.

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