segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Um encontro : George Steiner / António Lobo Antunes


O vídeo, que ora coloquei, é longo - cerca de 1h15. Mas bem interessante. No Youtube, teria tido, até ao momento, 1.905 visitantes. Será para se ir vendo e ouvindo - como farei - à medida do tempo, vontade e disponibilidade... Mas aqui fica, porque eu não queria perder este documento humano importante.

7 comentários:

  1. Comecei a ver e como tinha tempo, acabei vendo tudo.
    À partida parece uma coisa forçada, dois escritores (ou um professor e um escritor...) encontrarem-se e conversarem informalmente, com uma câmara a filmar...parece estranho. Até a forma como estão sentados, não parece natural, ao lado um do outro e não frente a frente. Ocorreu-me que talvez George Steiner ouça melhor assim, dá essa impressão.
    Mas resultou interessante. Lobo Antunes não deve ser uma pessoa com quem seja fácil falar (já o ouvi aqui em Castelo Branco, na apresentação de um livro) , parece que está sempre a fazer "frete", mas aqui entusiasma-se na parte quase final, ao falar de livros e autores. Apesar desse ar de frete, nas entrevistas que ouvi e li (li aquele livro de entrevista de João Céu e Silva), achei-o cordial e simpático.

    Gostei da entrevista, apesar do ritmo um bocado lento e de estar à espera de ouvir coisas mais entusiasmantes. Não sei se me explico bem...

    Boa noite:)

    (Fico sempre curiosa sobre as estantes cheias de livros, dos escritores...)

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    1. Os seus considerandos sobre os "cenários" da conversa são extremante objectivos, e gostei imenso de os ler.
      Li os dois primeiros livros publicados por Lobo Antunes e não gostei particularmente dessas obras. Nunca mais reincidi. E o seu início, como escritor, para ganhar espaço e visibilidade - é a minha opinião - foi atacar agressivamente Vergílio Ferreira: não gostei, também. Não é, para concluir, dos meus escritores portugueses de referência.
      Ao contrário, George Steiner é um dos meus autores de cabeceira e aguardo, sempre, com grande expectativa o seu próximo livro. Como é o caso, em breve, de "Extraterritorial", da Relógio d'Água. O que não quer dizer que ele não se repita, sobretudo em relação a 3 ou 4 obsessões que, habitualmente, o inquietam. E que repete neste encontro com Lobo Antunes. Mas qual é o ser humano que tem sempre e só novas verdades e novidades para dizer?
      Mas também me parece que foram simpáticos, um com o outro, a conversa resultou e foi bom que este encontro se tenha realizado. Pelo menos, para proveito dos outros, como nós, por exemplo.
      Desejo-lhe uma boa noite!

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  2. Li 2 ou 3 livros de Lobo Antunes e gostei. Dos primeiros. De George Steiner li e gostei "O Silêncio dos Livros", Tenho para ler, já há tempos "Errata" e assim de repente não me recordo se li mais algum, mas creio que já li mais alguma coisa dele. É um autor que acho ser uma pessoa simpática. Com António Lobo Antunes não simpatizava nada, como pessoa, até ler o livro de entrevista de João Céu e Silva. Passei a vê-lo com um olhar mais simpático.

    Enfim, Escritores!

    (Gosto muito de Vergílio Ferreira)
    Boa noite:)

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    1. Vergílio Ferreira parece-me um caso à parte, no panorama português. Nos seus romances há quase sempre o debate de ideias, mesmo que indirectamente à acção. Muito embora, quanto à forma, a sua escrita seja conservadora ou clássica. Mais inovadora será porventura a escrita de Lbo Antunes, mas não pioneira. O barroquismo dos seus livros, que li, deixou-me exausto ou, talvez, saturado..:-)
      Bom dia!

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  3. "Errata", de Steiner, é uma maravilha. Parte do biográfico para o reflexiva, de uma maneira muito sugestiva e estimulante para os leitores: é um dos livros dele de que mais gosto.

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  4. Apetece-me dizer que vou já coloca-lo à mão para ler a seguir, mas tenho tantos para ler ...
    Mas vou pô-lo à vista!

    Boa noite:)

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