quarta-feira, 9 de abril de 2014

2 notas dispersas sobre critérios, cânones e ninharias


Num dos últimos TLS, Leah Price, numa recensão ao livro "On Paper", de Nicholas Basbane, e a propósito da II Grande Guerra, referia a talhe de foice que o Alto-Comando do exército inglês tinha decidido fornecer, a cada soldado britânico, 3 folhas de papel higiénico, por dia; em contrapartida, os GI americanos tinham direito a 22 folhas, diárias. Dois leitores, em carta (publicada) ao director do TLS, posteriormente, vieram à carga, tendo corrigido que não seriam três, mas quatro as folhas diárias dos soldados ingleses. Nenhuma das cartas põe em causa as 22, americanas.
Nalguns países (Alemanha, Espanha, França...), a entrada de um escritor na Academia significa um consenso sobre o seu direito à glória, pela sua obra, ou uma espécie de consagração de imortalidade, ainda que efémera. Cumulativamente, em França (La Pléiade) ou na Inglaterra (The Cambridge Companion), a inclusão da obra, ou edição de parte da obra de um autor numa destas prestigiadas colecções, equivale a uma distinção de qualidade e corresponde, de algum modo, a ser considerado um clássico. As escolhas, embora muito criteriosas, nem sempre são isentas de polémica. A última inclusão que a suscitou, em La Pléiade, foi a de Georges Simenon, em 2003.

6 comentários:

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    1. Há-de sobreviver a muito Académico ortodoxo..:-)

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  2. Surge me uma dúvida : quantas folhas atribuíra a senhora Esteves aos nossos tão produtivos senhores deputados ?

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    1. Não podemos deixar de pensar que não estamos em guerra...
      Será especulativo, mas é lógico pensar-se que talvez os GI pudessem ter mais medo doque os britânicos e...

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