quarta-feira, 19 de abril de 2023

Raul Brandão em França



O suplemento Livres do jornal Le Monde (23/3/23) dá nota da saída de mais uma tradução da obra Húmus, de Raul Brandão (1867-1930). É já a segunda edição deste livro, publicada pelas edições Chandeigne (Paris). Gladys Marivat, que faz a recensão, refere a "voz impiedosa do seu narrador, a sua terrível acuidade que nada perdeu do seu poder de fascinação."  E adianta que Húmus seria uma espécie de ante-câmara do Livro do Desassossêgo de Fernando Pessoa.         

8 comentários:

  1. Gosto imenso de Raul Brandão, mas por acaso Húmus é dos livros que menos gostei dele. Hei de o reler porque não entendo a referência a poder ser uma antecâmara do Livro do desassossego.
    Não consegui ler a nota porque mesmo aumentando-a ficou pequena para a minha vista.
    Bom dia!

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    1. É uma obra difícil e pesada de ler, mas que eu considero da melhor prosa portuguesa do século XX.
      Referi o mais importante da recensão, embora GM informe também que Saramago o considerava o seu livro predilecto.
      Boa tarde

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  2. Eu gosto muito do Raúl Brandão. Acho bem que esteja a ser publicado lá fora, os portugueses nunca lhe prestaram a atenção devida.

    Boa noite!

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  3. Em consenso.
    Ao menos as "Memórias" e "Os Pescadores", além do "Húmus", seriam imprescindíveis a um conhecimento mínimo da literatura nacional.
    Bom dia.

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  4. Gostei imenso de ler As Ilhas Desconhecidas e as Memórias. Receio não ter estado à altura quando li Húmus, há muitos anos, na colecção Mil Folhas do Público. Terei de voltar a ele.
    Boa tarde.

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  5. O "Húmus" é na verdade um livro difícil, mas creio valer a pena, porque no século XX português não há muitos como ele, no estilo, originalidade e densidade própria e impressiva - cria um ambiente. (Eu diria que era a atmosfera de Guimarães)
    Uma boa noite.

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