terça-feira, 20 de julho de 2021

Recuperado de um moleskine (38)

 

A grande e cómoda tranquilidade de um centro histórico citadino é que, uma vez percorrido e conhecido o seu labirinto eventual, não mais nos perderemos de futuro. Pois a sua arquitectura, arruamentos e paisagem é suposto não mais se alterarem. Até o velho castanheiro majestoso lá vai sobrevivendo através dos anos a passar, as muralhas mantêm-se e as casas vão sendo restauradas, minuciosamente, para não perderem as feições primitivas e originais. Por este terreno calcorreado é que nos vamos reconhecendo e reencontrando, num conforto grato que apenas se não conforma já com as nossas rugas e os passos mais frágeis, que o tempo não nos pode restaurar.

6 comentários:

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    1. Uma bela e esclarecida definição de centro histórico citadino!
      Creio que encerra os elementos necessários e fundamentais para uma candidatura a "património da humanidade pela unesco.

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    2. Muito obrigado.
      Há espaços exemplares, dignos de atenção. Guimarães e Évora são dois bons exemplos nacionais.

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  2. Que palavras tão bonitas! Até me ficou uma vontade imensa
    de voltar a Guimarães. Uma frágil e longínqua memória já não
    me permite imaginar seja o que for. Boa noite.

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    1. Tirando o Toural, cuja modificação por alturas da Capital de Cultura, não terá sido feliz, a cidade de Guimarães continua a fazer jus aos seus pergaminhos..:-)
      Bom dia.

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