Memoriae
Na varanda de begónias e avencas
no leve mofo e solidão do estio
se desprende silêncio Ao largo a fonte o
quebra Quantos anos eu botei menino
Rodou a bola Partira-se o pião
E assustado no casarão enorme
a ver fugir-me o jogo do botão
tear infinito me fazia homem
Secaram os goivos no jardim em frente
cresce ainda murta aqui além informe
Os velhos passam A estrada negra parte
para onde? E tão longe da memória
da varanda de avencas e begónias
António de Almeida Mattos (1944-2020)
Nota Pessoal: este poema de A. de Almeida Mattos foi publicado, inicialmente, no suplemento Cultura e Arte do jornal O Comércio do Porto, vindo a integrar depois (1985) a antologia "Poetas de Fafe". Aqui o lembramos no dia em que o António, se fosse vivo, completaria 77 anos.
Gostei muito.
ResponderEliminarBoa semana!
Embora de juventude, também acho o poema muito bonito.
EliminarBoa tarde.
Belo poema. Boa tarde!
ResponderEliminarParece que estamos de acordo..:-)
EliminarBom fim de tarde.