A imperatriz, três anos mais nova do que Carlos, era esbelta e airosa, ruiva e de pele levemente rosada, como a sua avó, e sua homónima Isabel; mas era mais feminina e, a julgar pelos retratos de Ticiano, Coello e outros, muito mais bela. Os seus olhos eram azúis como os do seu marido, mas muito mais escuros; as suas sobrancelhas largas, desenhadas com uma leve irregularidade encantadora; a sua fronte, lisa e fina, de ampla curva que traduzia uma personalidade harmoniosa e equilibrada; o seu lábio inferior era um pouco grosso, ainda que menos do que o do seu marido, Habsburgo; o superior era como um arco divino de amor; o seu abundante cabelo, dourado. Era em suma de um tipo bem mais nórdico do que do Sul e, segundo a opinião de todos, a mulher mais digna de ser amada na terra.
William Thomas Walsh, in Felipe II (Espasa-Calpe, 1968).
Gostei deste excerto. Simpatizo com o Filipe II. Bom dia!
ResponderEliminarEste bom Filipe quase tinha mais sangue português e respeitou, rigorosamente, os compromissos que assumiu connosco. Também o respeito.
EliminarBoa tarde.
Tb gostei. E tb simpatizo com Filipe II que gostava muito de Lisboa. Parece mm que tinha mais sangue português que o seu primo Sebastião e, certamente, que D. António Prior do Crato.
ResponderEliminarLi uma biografia de Isabel de Portugal que falava castelhano, o que foi muito apreciado em Espanha quando ela casou com Carlos V. Gosto muito retrato de Ticiano.
Boa tarde!
Deste primeiro Filipe não temos a mínima razão de queixa.
EliminarNão sabia que Isabel falava castelhano, mas faz todo o sentido: terá decerto aprendido com a mãe.
O quadro de Ticiano é uma maravilha.
Boa tarde.