segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Policialmente falando


Já tive mais paciência para ver uma série policial na televisão, mas às vezes reincido.
Por outro lado já li o que havia para ler de S. S. van Dine, e não era muito. E de Conan Doyle. Os Maigret, de Simenon, também já foram todos. Estes são para mim os escritores de primeira água. Quanto à segunda divisão, classifico Stanley Gardner, Ellery Queen, Rex Stout e Agatha Christie.
Desta última Senhora, nunca consegui suportar a voz adamada e os tiques afectados da representação estereotipada de David Suchet, nas séries televisivas. Em cinema, creio que o melhor Poirot ainda foi Albert Finney.
Mas ontem, por mero acaso, na Fox Crime, deparei-me com John Malkovich na figura do detective belga. Sempre achei este actor de segunda ou terceira categoria e não me merece grande entusiasmo. E a série é uma adaptação em três episódios do romance The A. B. C.  Murders, de Agatha Christie, que foi traduzido para a colecção Vampiro, portuguesa, sob o número 167, com o título Os crimes do ABC.


A representação dos actores é banal, Malkovich incluído, que compõe um razoável Poirot, sem tiques de maior e alguma sobriedade. A re-criação televisiva alterou algumas coisas da trama original do romance policial. Nesta versão, o inspector Japp, da Scotland Yard, já morreu, após breve reforma. Neste primeiro episódio, pelo menos, o capitão Hastings, fiel amigo e companheiro de Hercule Poirot (qual alter ego do dr. Watson), também não apareceu.
Mas nota-se a marca e o dedo miraculoso da roteirista Sarah Phelps, que permite boas expectativas.
Por isso, no próximo domingo não vou perder, às 22h00 na Fox Crime, o segundo episódio da série.

7 comentários:

  1. Obrigada pela dica.
    Malkovich é um dos atores que aco sempre um bocado igual a si próprio.
    Boa semana!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Foi um gosto.
      Classificou muito bem o Malkovich!
      Bom dia.

      Eliminar
  2. Vamos espreitar este, mas sem Japp e Hastings não sei se vou gostar. Espreitámos a "Testemunha de Acusação", que deu na semana anterior e desistimos. Tinhamos na memória a boa adaptação ao cinema feita por Billy Wilder.
    Bom dia

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Japp ainda surge a princípio, para logo ter uma síncope e morrer à beira de Poirot, no campo. É substituído por um jovem inspector gozão e auto-suficiente... E pode ser que Hastings ainda apareça nos 2 restantes episódios.
      Boa tarde.

      Eliminar
  3. Gosto muito de Albert Finney e de David Suchet, já Malkovich na pele do detective não acho credível, por outro lado as alterações que se fazem nos romances ao nascerem novas adaptações cinematográficas ou televisivas tem o intuito de fazer brilhar o argumentista, como criador, o que pessoalmente considero uma facada nas costas dos criadores.
    Boa noite!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Por vezes, um bom actor, em determinado papel, vem inibir-nos de vir a gostar dos seus sucessores, na mesma personagem. Assim, 007. E ainda hoje, para mim, Maigret é Jean Gabin...
      Esta série da Fox tem, pelo menos, bons diálogos e uma boa reconstituição de ambientes da época: anos 20/30. As interpretações pareceram-me corriqueiras. Veremos o resto, nos 2 próximos episódios.
      Um boa noite.

      Eliminar
  4. Lembrei-me agora de lhe dizer uma coisa: conhece a pequena livraria que existe dentro da estação de Santa Apolónia (fica no lado direito, quando se entra pela porta principal). Tinha lá imensos livros da colecção vampiro, a 1 euro. São livros novos, mas de edições antigas. Esta livraria só tem livros novos que são restos de colecções. Compro lá sempre livros, quando vou a Lisboa. Pronto, fica a informação, que talvez lhe interesse.

    Boa tarde:))

    ResponderEliminar