segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Osmose 108


A contemplação do movimento sempre me descansou e atraiu o olhar. É por isso que gosto de ver o mar ou observar a deslocação das nuvens no azul. E me cansa o percurso prolongado do verde, ao longo de uma floresta densa e sem vento. É evidente que tenho de levar em conta, objectivamente, a forma de como reajo às cores.
Ontem, por volta das 19h00, o céu e as nuvens apresentavam-se assim (fotografia acima), no meu horizonte da varanda a leste, em tom quase lilás. Cerca das 20h30, ao sumir-se a luz, as nuvens estavam já brancas e eram suavemente, arrastadas pelo vento para norte. Trovejou depois por três vezes e choveu. E o céu, com a lua minguante, estava de novo límpido, cerca da meia-noite.
Que me venha alguém explicar a Natureza e decifrar a razão mais íntima das nuvens. Agradeço.

6 comentários:

  1. Muitas vezes dedico algum do meu tempo a observar o movimento e a direção das
    nuvens. Há alguns anos costumava ir passar uns dias à Régua para ver o Douro
    correr a caminho do mar. As nuvens foram algumas vezes uma constante da paisagem que eu observava da varanda do hotel. Tenho fotografias que tirava
    quando as formações de nuvens eram muito belas. Enchia-me a alma tanta beleza.
    Tenho a sorte de ter um jardim diante de casa com umas árvores dançarinas,
    como eu lhes chamo, pois são muitas, e muito altas. E até gosto que haja vento.
    Gostei deste tema e das suas observações pessoais. Mais uma vez me alonguei
    no comentário, e não consegui decifrar a razão mais íntima das nuvens.Peço desculpa.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Já tive quintal, pequeno é certo, mas hoje não..:-(
      E o meu mar é o da Póvoa, de calmo a de marés vivas, normalmente, pelo final de Agosto.
      Goethe tem um pequeno livro muito interessante sobre as nuvens. Mas eu nunca me dei ao trabalho (por pregiça, sobretudo) de decorar os nomes das várias formações que as nuvens apresentam.
      Não tem que pedir desculpa. E agradeço as suas palavras e memórias.
      Uma boa noite.

      Eliminar
  2. No liceu tive que estudar (e falhei redondamente no teste) as diferentes nuvens que povoam o céu lá por cima. Continuo a olhar deslumbrada quer formas e movimento, quer os diferentes tons de azul. Nada me acalma mais (mais ainda que um ponto de cruz) do que estar ao pé do mar a seguir movimento de ondas e nuvens. Talvez seja essa calma que me faz gostar tanto do caminho junto ao rio/mar do Cais de Sodré a Cascais, ou o sentar-me no paredão de Leça da Palmeira a olhar...
    Bom dia

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. No Liceu não havia, no meu tempo, esse estudar das nuvens e, por isso, ainda só conheço de cor os "cirros"...
      Sentado no areal da Póvoa de Varzim, devo ter passado horas e horas a "cismar", olhando o mar. Às vezes, hoje, as águas da Costa de Caparica servem-me de paliativo.
      Bom resto de semana.

      Eliminar
  3. Também gosto de olhar para o movimento das nuvens. E para o mar. A minha praia era o Guincho, tanto quando ia à praia ou quando me sentava a ler numa daquelas esplanadas a olhar o mar e a ler. Hoje esses restaurantes deixaram de servir cafés e lanches. Só refeições. Sem esplanadas, quase nunca vou ao Guincho.
    Também gosto de rios e de verde. E o Douro é especial.
    Gosto de ver os carreiros de formigas e os pássaros a entrar e sair dos ninhos.
    Bom dia!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Na Costa, felizmente, ainda há muitas esplanadas donde se tem uma vista excelente e relaxante sobre o Atlântico.
      Mas também gosto muito de ver aparecer a Vésper ou Estrela da Manhã (que se chama impropriamente ao planeta Vénus) no início das noites límpidas.
      A Natureza não deixa de ser um grande espectáculo animado.
      Bom dia.

      Eliminar