Aqui há uns anos, um amigo ofereceu-me um pedómetro. Se é certo que eu já andei mais depressa, se quiser, posso medir pelo pequeno aparelho, ainda hoje, o ritmo dos meus passos e as distâncias percorridas nas minhas deambulações diárias, com alguma exactidão.
Quanto a leituras, a situação acaba por ser mais complicada de avaliar. Quando a leitura é aliciante, creio que lemos mais depressa; sendo fastidiosa o ritmo abranda, certamente. Alguém dizia que, ao longo de uma vida, talvez fosse possível ler entre 4.000 a 5.000 livros.
Não gabo a sorte do juiz Ivo Rosa (1966). Nos próximos tempos, e para bem documentar-se, vai ter de ler 21.954 páginas, distribuídas por 55 volumes, extensão total do Processo Marquês. Para ajuizar se o caso vai a julgamento. Ser-lhe-á possível? E quanto tempo levará?