Passando, em Julho (18) próximo, o bicentenário da morte da morte de Jane Austen (1775-1817), os ingleses preparam-se para celebrar condignamente a romancista. O TLS já lhe vai dedicando algumas páginas, e lá colhi a indicação de que se, enquanto vivo, Walter Scott (1771-1832), seu contemporâneo, era o favorito dos leitores britânicos, a constância nas reedições das obras de Austen, ao longo dos anos, tem sido muito mais regular na venda das novelas da romancista inglesa, em comparação com os romances históricos do escritor escocês. Pelos vistos, a mulher ganhou ao homem, neste particular. Anunciam-se, entretanto, vários estudos e edições anotadas dos livros da novelista.
Mas não são só os meios literários que se agitam. Uma empresa de bebidas, sediada em Bath, pôs à venda, em tiragem de apenas 1.000 garrafas, um Gin, com rótulo alusivo a Jane Austen, em que a escritora pisca o olho ao comprador... Ao que parece, a Senhora não era abstémia.
Mas isto dos géneros tem que se lhe diga. Li, há dias, já não sei onde, um comentário que pode ser considerado algo machista, do romancista inglês George Orwell (1903-1950). Dizia ele sobre a obra de Joseph Conrad (1857-1924), polaco naturalizado britânico, que: "um dos mais seguros sinais do seu génio é que as mulheres não gostam dos seus livros."
Será?
para MR, apreciadora da obra de Jane Austen.
para MR, apreciadora da obra de Jane Austen.
Obrigada. Gosto imenso de Jane Austen, que leio com alguma regularidade.
ResponderEliminarNa minha juventude, devorei as traduções de Walter Scott, da Romano Torres.
Também gosto de gin. :
Bom dia!
Também foram da Romano Torres as primeiras obras de Jane Austen que li, e que ainda tenho.
ResponderEliminarDa Romano Torres, na juventude, "pesquei" sobretudo os romances históricos de Walter Scott.
EliminarQuanto ao Gin, passo...
Se os ingleses meteram Jane Austen no gin, Mário-Henrique Leiria não lhes ficou atrás.
ResponderEliminarÉ verdade. Só nos faltava o Pessoa, mais a sua "branquinha" nocturna...
EliminarNão li Conrad embora já tenha ouvido elogiar a prosa do escritor, sobretudo a outros escritores. Imagino que seja um autor de prosa difícil. Mas generalizar parece-me perigoso. Ainda que, ao contrário de muita gente, considere que existem prosas femininas que agradam mais a mulheres e prosadores masculinos cujo estilo elas apreciam menos. No entanto, julgo que o todo dos romancistas tem de ser grato sobretudo às mulheres. Sejam de que sexo sejam, convenço-me de que elas constituem o grande volume dos seus leitores.
ResponderEliminarJane Austem foi uma boa surpresa de juventude.
Joseph Conrad não é dos meus autores favoritos, mas é um autor de culto, nalguns meios académicos e intelectuais. E tem a particularidade de F. F. Coppola se ter inspirado na sua novela "The heart of the darkness" para fazer o "Apocalypse now". A diferença é que o filme é passado no Vietname e a história de Conrad se passar no ex-Congo Belga.
EliminarComo diz um leitor num comentário, Gin só o fabricado pelo Mario Henrique Leiria nos seus "Contos do Gin Tonic", li os dois volumes na adolescência, tal como alguns romances do Walter Scott, numas edições juvenis penso que do Diário de Notícias. Já a Jane Austen, confesso que ainda nada li, apesar da senhora aqui de casa ser fan e estar sempre a lamentar o meu constante adiamento da sua leitura. Regressando ao "Gin Jane Austen", estamos perante uma bela operação de Marketing, bem sedutora:)
ResponderEliminarBoa Tarde
Livros inesquecíveis, os de M. H. Leiria, que eu li com imenso agrado, bem como o "Ivanhoe", de Scott, lido na minha juventude.
EliminarTendo a sua graça, estes aproveitamentos comerciais não deixam de ser um abuso. Mas, infelizmente, em todo o lado se fazem, até por cá, aproveitando a fama de Fernando Pessoa, por exemplo.
Uma boa noite.