Por estas redondezas, o Outono não é bem-vindo.
Ninguém o espera
na margem de um qualquer rio melancólico
que esconde nos seus fluxos os segredos do mundo.
Mas o Outono reina em outras latitudes:
lá longe, onde os ciclos se cumprem, obedientes, lá longe
onde envelhecem e se renovam as metáforas.
(O Sol afunda-se num charco esverdeado
onde flutua, solitária, uma folha de loureiro).
Mas hoje de tarde nem sequer choveu. As folhas
fincam-se com força férrea aos seus ramos,
heroicamente lutam contra o vento
e pela noite hão-de celebrar a derrota do Outono.
Não sabem que as folhas em queda são escritas
e a árvore um calado e seco poema sem estrias.
para quem não aprecia muito o Outono, como a Margarida, no seu "Memórias e Imagens"; e para Maria Franco, que gosta da obra do Poeta. Cordialmente, esta despretenciosa tradução.
Gostei do poema! :-) bom dia!!
ResponderEliminarAinda bem que gostou.
EliminarBoa semana!
Gostei do poema e gosto do Outono, mas não sei se este ano teremos Outono. E tb gostei do Magritte.
ResponderEliminarBoa semana!
Parece que as temperaturas, a partir de Quinta-feira vão voltar ao normal da época...
EliminarÓptimo que tenha gostado.
Uma boa noite!
Gosto do Outono. Gosto da cor dourada das folhas,
ResponderEliminargosto do ruído que fazem ao ser pisadas, e também
gostei bastante deste poema.As estrias da folha de
Magritte combinam com o fim do poema.Agradeço.
Boa noite.
Fico satisfeito que tenha gostado.
EliminarBoa noite!