quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Divagações 117


Nesta manhã chocha e cinzenta, depois de lido o jornal, a dificuldade é encontrar alguma coisa que me prenda à leitura, como entretém salvífico.
Olho as pintalgadas janelas da chuva recente, a praça molhada e deserta, a rua onde vultos fugitivos se apressam em direcção a casa. Não há por aqui razões transcendentes...
A natureza fragmentária dos Cahiers, de E. M. Cioran (1911-1995), ajusta-se temporariamente a este tempo sem tempo, inconsequente de atitudes, desanimador e sonolento:
...Um livro deve ser escrito em estado febril. De outro modo, ele não será contagioso...

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