Eugénio de Andrade (1923-2005) faria hoje 99 anos. O poema em imagem, publicado em A Phala nº 14, Abril/Maio/Junho 1989, creio que se encontra inédito em livro. Julgo que Eugénio de Andrade não terá tido oportunidade de o juntar a outros epitáfios, ou então não lhe terá achado qualidade bastante para o incluir num livro posterior. Aqui fica registado para lembrar o Poeta, no dia que seria do seu aniversário.
Nota: na perspectiva de melhorar a legibilidade do poema, aqui se reproduzem os versos:
Escrito no chão
(M.: in memoriam)
Chamo por ti, digo o teu nome
tropeçando sílaba
a sílaba, repito com infinita
doçura o corpo inteiro do teu nome
para que voltes com a lua
cheia, ou com o sol de março:
tão necessário
à boca como o pão de cada dia;
chamo por ti e não respondes -
o rigor do frio, a sua teia branca,
por única companhia.
Março, 1989
Eugénio de Andrade - SEMPRE!
ResponderEliminarMas o Poeta, poderia muito bem ter incluído o poema num livro, pois não destoava...
Bom dia!
Apoio.
EliminarCada um sabe de si, mas eu também gosto deste poema de Eugénio de Andrade.
Um bom dia, também.
Belo poema. Bom dia!
ResponderEliminarEstamos de acordo.
EliminarBoa tarde.
Também gosto do poema e espero que já estejam a pensar nas celebrações no próximo ano. E que as possamos ver.
ResponderEliminarBom dia!
Creio que vão nomear uma Comissão para as celebrações do Centenário.
EliminarSó espero que não integre nenhuma daquelas "luminárias", que presidiu à Fundação E. de A., e que a deixou afundar...
Boa tarde.
Eu sabia que não se esqueceria do Eugénio de Andrade, mas só agora consegui vir aqui confirmar.
ResponderEliminarObrigada por este inédito!
Sem blogue, consegui falar dele no Horas Extraordinárias (fora de contexto) e até tive duas surpresas.:-)
Boa noite.
Não tem de quê.
EliminarE fez muito bem.
Bom dia.