Contemporâneo e amigo de Rembrandt, o pintor holandês Hercules Segers (1589-1638), filho de pais flamengos emigrados, teve algum sucesso profissional, em vida, mas, depois, a sua obra foi esquecida. Principalmente, porque não pintou muitos quadros, embora a sua obra gráfica seja extensa. Ele próprio comercializava os seus trabalhos, directamente. Mas muito do papel das suas gravuras, na sua fase de apagamento, acabou por servir para embrulhar sabão, pimenta, peixe, manteiga e outros produtos de alimentação... Sobreviveram, no entanto, cerca de duas centenas de obras.
As suas poucas telas espelham horizontes rasos e limpos, a perder de vista, nimbados, quase sempre, por uma luz crepuscular.
No final do século XX, a sua obra foi redescoberta e o talento, que lhe era próprio, reconhecido. É hoje considerado, por grande parte dos críticos de arte europeus, como um inovador, sobretudo pelas suas gravuras muito singulares, que antecipam a modernidade.
Mas também pela sua perspectiva visual das paisagens e por uma atenção muito própria às coisas da Natureza. Representado no Rijksmuseum (Amsterdão), Hercules Segers foi objecto de uma exposição recente no Metropolitan Museum, de Nova Iorque.
Que maravilha! Não conhecia e gostei muitíssimo - especialmente da coruja. Bom dia e obrigada!
ResponderEliminarNa verdade, Segers tem obras lindíssimas. Foi um gosto, divulgá-lo.
EliminarVotos de uma boa semana!
Eu escolhia o dos barcos!
ResponderEliminarNa execução é talvez a mais "moderna", destas obras que escolhi..:-)
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