Tem seus prazeres o Inverno; e ao domingo, às vezes.
se o sol pousa na neve dos jardins burgueses,
a gente sai com a prima a passear...
- E não se esqueçam lá da hora do jantar -
- é o que a mãe diz. E quando nós já vimos todos
os vestidos em flor passando entre o arvoredo,
a menina tem frio... e lembra com bons modos
como a névoa da tarde vem chegando cedo.
Voltamos para casa recordando o dia
que tão rápido foi... e que tão pouco ardia...
E do fundo da escada cheira-se esfomeado
o perfume, lá em cima, do peru assado.
in Poesia de 26 Séculos (Inova, 1972)
Nem o autor conhecia...
ResponderEliminarQue maravilhoso poema traduzido por alguém de quem muito admiro a obra poética.
As Cartas a Mécia é um dos livros que tenho à cabeceira ( sempre à mão, portanto ).
Abraço.
Um grande tradutor, Jorge de Sena.
EliminarPermita-me uma sugestão: não perca a correspondência entre Sena e Eugénio de Andrade, livro que saiu há pouco. E que ando a ler, entusiasmado.
Saudações cordiais.
Este poema de Nerval é encantador.
ResponderEliminarBoa semana!
Estou de acordo.
EliminarRetribuo os votos!