Um livro tem valor a meus olhos pelo número e pela novidade de questões que levanta, anima ou reanima no meu pensamento. As obras que impõem ou postulam a passividade do leitor não são do meu agrado. Eu espero das minhas leituras que elas me provoquem observações, reflexões, daquelas paragens súbitas que suspendem o olhar, iluminam perspectivas e despertam a nossa curiosidade profunda, os interesses particulares das nossas investigações pessoais e o sentimento imediato da nossa presença de estarmos vivos.
Paul Valéry, in Variété V (pg. 269).
Nota pessoal: terminámos, hoje e por aqui, as transcrições e traduções de excertos, que temos vindo a fazer, desta obra de Paul Valéry. Bem como, pelo menos, esta fase da rubrica "A par e passo".
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