sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Um balanço pessimista



Camilo (1825-1890), em carta para Trindade Coelho, resume a sua obra nestes termos negativos: "Tudo quanto fiz cifra-se numa grande alcofa de brochuras inúteis, das quais apenas se colhe uma lição: - é que esse acervo de livros representa uma independência modesta em uma aldeia barata."

Andrée Crabbé Rocha, in A Epistolografia em Portugal (Almedina, 1965).

5 comentários:

  1. Escreveu que se fartou para poder viver.
    Gosto de quase tudo o que li dele: romances, biografias romanceadas, memórias, panfletos... Sou uma fã de Camilo.
    Gostei logo do Amor de perdição quando o li, ao contrário das minhas colegas de liceu.
    Boa tarde!

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  2. Até gostei do Amor de Perdição do Manuel de Oliveira. 😊
    Boa tarde, de novo.

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    1. Camilo é um manancial de boa leitura e da melhor ficção portuguesa. Era um medíocre poeta, mas não se pode ter tudo.
      Quando estou enfastiado desta pobrezinha prosa actual lusa, volto ao Camilo, sempre com proveito.
      Um bom fim-de-semana!

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  3. O quanto estava enganado Camilo...
    Pois o legado que deixou, está longe de ser uma "alcofa de brochuras inúteis". A prová-lo, está o número de leitores fiéis que conserva. Ao contrário de outros escritores que estão completamente esquecidos.
    Bom dia!

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    1. É verdade, mas Camilo era quase sempre um exagerado - até no talento!
      Um bom fim-de-semana.

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