segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Pinacoteca Pessoal 179


Há frases, livros, filmes que nos marcam na juventude e, ao primeiro encontro, nos ligam a um nome ou autor, nos verdes anos. São paixões fatais, embora eu não goste de abusar deste substantivo nem do adjectivo referidos atrás. O uso reiterado destes exageros mal medidos de sentimentos incontinentes só acaba por banalizar e desvalorizar o que deveria ser usado com respeito e parcimónia, para ganhar solidez e credibilidade humana... Isto para dizer que terá sido com 14 anos que dei, no Petit Larousse, com o primeiro quadro do pintor inglês Thomas Gainsborough (1727-1788) que retratava o casal Andrews, em fundo paisagístico, pintura que se guarda no Louvre. Não mais o esqueci.


Nascido na Grã-Bretanha, Gainsborough veio a estudar em França e até Van Gogh o refere, de forma entusiástica, nas suas cartas ao irmão Theo. Acima pode ver-se a tela retratando a família Baillie. Considerado como um paisagista de eleição, os seus quadros eram muito apreciados pela nobreza e pela burguesia. Retratista notável, não quero deixar de destacar o seu retrato do célebre actor David Garrick (1717-1779) ou o da senhora Lowndes-Stone, quadro que pertence ao acervo do Museu Calouste Gulbenkian.




4 comentários:

  1. Gosto deste pintor, mas não me lembro qual foi o primeiro quadro que vi dele. Nem onde.
    Mas há gostos que nos ficam para a vida. Lembro-me de Degas, Greco e Goya. Depois outros vieram e até os substituíram nas minhas preferências. Mas continuam cá.
    Boa semana!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Para mim, antes de Gainsborough, foram Botticelli e Van Gogh. Que se mantém com referências, embora também outros tenham aparecido depois.
      Retribuo, cordialmente.

      Eliminar