segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Um vinho nobre




Dos Arrochela, que teriam vindo, de França (La Rochelle), com o Conde D. Henrique (1066-1112), e habitado a Praça de S. Tiago, em Guimarães, creio não existirem senão os vestígios, materializados pelo Palácio de Vila Flor, muito mais tarde (séc. XVIII) comprado ao fidalgo Luís A. C. Fonseca e Camões, que o mandara construir, e a estreita viela d'Arrochela (de traça medieval) ou viela dos Caquinhos, como é popularmente chamada. Foi D. Maria II que nobilitou Nicolau de Arrochela Vieira de Almeida Sodré, em 10/11/1852, como 1º Conde de Arrochela, título que hoje vai em quarta geração. Os Arrochela é que, agora, creio que já não moram em Guimarães. Mas serão os produtores do Vinho Grandes Quintas, do Douro. Que, como o rótulo indica, é engarrafado pela Sociedade Agrícola Casa d'Arrochela, em Vila Nova de Foz Côa.



Pois foi da colheita de 2014, vinho branco (Malvasia Fina, Síria e Gouveio, quanto às castas do lote) com 13º equilibrados, que provámos, para acompanhar umas gambas grandes (ou camarões tigres?) saborosas que HMJ arranjou, para celebrar uma efeméride doméstica. O vinho dos Arrochela convém destacar que estava excelente. E portou-se muito bem, com a devida nobreza.




11 comentários:

  1. Se foi «para celebrar uma efeméride doméstica»... parabéns!

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  2. ..Habitualmente só bebo vinho tinto ( entre uns razoáveis e dos bons ).
    Todavia, há pratos ( sobretudo no Verão ) que pedem um branco.
    Entre os maduros opto pelo DUAS QUINTAS ou pelo ESPORÃO.
    Mas gosto de um bom verde : Santa Cristina ou Dom Diogo...

    Se festejou o aniversário, aqui fica um abraço de MUITOS PARABÉNS.

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    1. São 2 boas escolhas as dos maduras, mas dos verdes não conheço nenhum deles. Dos verdes, normalmente, fico-me pelo Muralhas mas, se o prato merece, abro um Alvarinho, quase sempre o Deu-la-Deu, de Monção.
      Obrigado: é um aniversário comum..:-)
      Continuação de boas férias!

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    2. E ontem .
      Esplêndido e com 11,5º bebi o ÁGUA DE FRADES, um Albarino da Galiza

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    3. Galego, só conheço o Martin Codax, que provei em Barcelona. Muito bom.

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  3. Parabéns à efeméride doméstica (ando atrasada nos comentários, férias e regresso à labuta, com pilhas de papel a orientar). O vinho deve ser bom e as gambas têm um bom aspecto (HMJ, no forno com vinho branco, alho e azeite?).
    Bom dia

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    1. Para PNLima:
      Segue a receita trazida de Moçambique por um amigo nosso:
      Grelhar primeira as gambas, abertas para tirar a tripa, de ambos os lados, deitando um pouco de sal sob a chapa. Quando rosadas, passá-las para uma frigideira, antecipadamente preparada com manteiga derretida, alhos e malagueta. Virá-las dentro do molho e quando bem quentes deitar um copo de vinho branco, o suficiente para haver molho para servir com o pão a acompanhar. E é tudo, ca. de 10 - 15 minutos

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    2. Muito obrigada pela receita. Nunca experimentei grelhar as gambas. A minha receita (dos livros do "sítio do costume" é no forno, tendo as ditas que marinar de um dia para outro. Um dia destes experimento a sua :)
      Bom fim de semana (num sítio bem fresco, de preferência)

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