domingo, 28 de maio de 2017

Outros Domingos


A Bíblia sempre foi um dos meus Livros de referência, mesmo depois de deixar de acreditar.
Nas manhãs de Domingo, de infância e juvenis, eu gostava muito de ouvir a leitura dos Evangelhos, mesmo depois de os conhecer e ter lido. Se o padre tinha voz clara e a sua dicção fosse boa, melhor ainda. O problema dava-se, no entanto com as homilias, muitas vezes. Porque havia pastores que gostavam de se ouvir, eram monotonamente prolixos, falavam, falavam, falavam. Gastando, com frequência, na homilia, quase o dobro do tempo, do que tinham usado para ler o Evangelho. E, concretamente, não acrescentavam mesmo nada à concisão perfeita das parábolas dos textos sagrados. Eram, apenas, paupérrimas glosas gaguejantes, repetitivas e desordenadas dos motes essenciais da Bíblia.
Era, por essa altura, que eu, cansado e farto, quase adormecia, na reprise...

7 comentários:

  1. Também gosto de ler a Bíblia - mais o Novo Testamento. Tenho o defeito de ter as minhas passagens preferidas, gosto mais do Evangelho de São Mateus, por exemplo; e algumas partes, sobretudo do Velho Testamento, nunca consegui ler - nomeadamente depois da história de Moisés. Das homilias também acho que há alguns padres melhores que outros, ou pelo menos que gosto mais de ouvir. Bom dia!

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    1. O "Livro de Job" é o meu "must", mas também gosto muito dos "Salmos", de Salomão, um dos quais Camões veio a usar como mote do seu maravilhoso "Super Flumina Babylonis".
      Bom dia!

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    2. Em tempo, tenho de rectificar que o "Livro dos Salmos" não tem assegurada a sua autoria que, por uns, é atribuída ao rei David, e por outros, a Jeremias. A Salomão, é que não, como, por erro, escrevi.

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    3. Tenho de ler o Livro de Job. Boa tarde!

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    4. Eu diria que é uma espécie de "Mito de Sísifo", mas com final feliz..:-)
      Boa tarde!

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  2. Eu, mais ou menos católica, leio pouco a bíblia, aborreço os cultos instituídos e só os frequento por obrigação; julgo que os ministros arruínam o ministério (não todos, evidentemente). Jamais encontrei mais mistério religioso nos locais de culto que noutros que me surgem de uma religiosidade perene. Há no entanto algumas partes do livro sagrado que prezo. Em geral, do novo testamento; mas também as do antigo referindo mulheres específicas. E o Cântico dos Cânticos de Salomão é muito bonito. O Livro de Job é de uma exigência sem par. O Deus dos cristãos exige muito alto. A confiança cega, mesmo para com um Deus, não está ao alcance dos homens comuns.

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