Consolem-se, que hoje as palavras estranhas, ou regionalismos, vão ser do domínio da gastronomia. E, para mais, do Minho. Alto, quer-se dizer, que as li pela primeira vez num livro de um poeta vianense, que era também bom garfo e apreciava a boa mesa - António Manuel Couto Viana (1923-2010). O volume, que gentilmente me foi oferecido pelo meu bom amigo H. N., com dedicatória do seu autor, tem o título saboroso de Bom Garfo & Bom Copo (Vega, 1997).
Vamos, então, aos idiotismos. Os primeiros que me apareceram são alcunhas minhotas da estimada Lampreia, ciclóstomo que costuma aparecer por Fevereiro e Março, ciclicamente, para prazer dos gourmets e não só, nas suas mesas. Pois, no Alto-Minho, chamam-lhe também: chupa pedras e flauta de sete olhos, por razões do seu habitat, mas também do seu aspecto físico. Assim seja, à moda minhota, como a provei este ano, ali para os lados do Areeiro, à bordalesa. E boa que ela estava!
Quanto ao pentear do vinho, diz-nos Couto Viana, recorrendo a José Pedro Machado e ao seu Dicionário, que é: deixar "o vinho encorpado estrias e rubis ao longo das paredes internas da tambuladeira ou malga de prova." A tijela, ou malga, claro, serão minhotas.
E, hoje, por aqui me fico.
Gostei bastante deste livro, mas já não me lembrava destes «idiotismos» em relação à lampreia que não aprecio. Quero eu dizer: não gosto mesmo nada.
ResponderEliminarQuanto ao «pentear do vinho» conheço a expressão, mas já não sabia qual o significado. E daqui a uns tempos, ter-meei esquecido novamente.
Bom dia!
Eu gosto, ainda para mais porque é um petisco sazonal..:-)
EliminarÉ natural esqucer, a mim também me acontece.
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