Não terei visto muitos filmes de Michel Bouquet (1925-2022), actor falecido recentemente. Talvez Clouzot, talvez algum filme de Chabrol. Mas, aquele que mais me impressionou, terá sido Le Promeneur du Champs-de-Mars (em português: "O último Mitterrand", 2005), de Robert Guédiguian. Era uma interpretação magnífica deste grande actor francês, sobretudo de teatro. Uma experiência de vida semelhante, com a guerra pelo meio, ajudou talvez a compor melhor a figura de um dos últimos grandes Presidentes da República francesa.
Dele dizia Michel Bouquet: Mitterrand é uma figura de romance. Olhos negros, rosto pálido, máscara de gesso, um homem muito diferente do animal político.
De si mesmo, entretanto, o actor traçava um retrato: Não me acho interessante. Mas terno, banal, insosso. São os desempenhos que acabam por me dar espessura.
É curiosa a maneira como o actor se viu a si mesmo. Bom dia!
ResponderEliminarConcordo consigo, também achei..:-)
EliminarBom dia.
Não sabia do seu falecimento. Também acho curioso o modo como ele se definia. Os desempenhos davam-lhe espessura porque ele dava densidade aos personagens. Vi-os bastante vezes em filmes de Truffaut, Chabrol, Cayatte...
ResponderEliminarAcho que ainda o vi depois do filme sobre Mitterrand (um ótimo desempenho e muito bem caracterizado), mas não me lembro onde.
Bom dia!
Vi-os = Vi-o
ResponderEliminarDiscreto na vida, também o foi na morte.
ResponderEliminarEra do bom cinema europeu, hoje raro pela predominância de grande parte das pepineiras norte-americanas...
Boa tarde.