Lo que no se recuerda
Para voltarmos a ser felizes, era
apenas necessário o puro acerto
de lembrar... Procurávamos
no coração essa nossa memória.
Talvez não tenha história a alegria.
Olhando-nos bem dentro
calávamos os dois. Teus olhos eram
como um rebanho quieto
que acalma o seu temor à sombra
dum álamo... O silêncio pode
mais que o esforço. Entardecia
para sempre no céu.
Não podemos voltar a recordá-lo.
A brisa era no mar cego menino.
Luis Rosales (Granada, 1910-1992) in Rimas.
Gostei muito. Parabéns pela tradução.
ResponderEliminarJá percebi que também está com problemas no espaçamento das linhas. Não percebo o que se passa que, de um dia para o outro, passei a ter este espaçamento nos meus posts e vejo-me em papaos de aranha para o tirar. Mais uma 'inovação' para nos dificultar a vida.
Bom dia!
Obrigado, MR. É um bom poeta, o Luis Rosales. Já lhe tinha traduzido um poema, aqui no Arpose (7/8/2010), e só espero não lhe desmerecer a qualidade da matriz original.
EliminarP. S.: também me vejo aflito com os espaços entre versos. De cada vez que os bimbos informáticos do Google fazem actualizações, é só para fazerem burricada e dificultarem as operações. Essa gentalha deve ter calos na cabeça, ou a tola muito mal arrumada...