Como quase sempre acontece, quando um facto noticioso vem para ficar, começa a criar-se um "dialecto" ou jargão jornalístico que, normalmente, deve pouco ao rigor, mas é intensivamente utilizado nos jornais e pelos pivots pouco rigorosos, mas sensacionalistas, dos canais televisivos. E vai criando raízes...
O vocabulário, que se tem vindo a associar a esta crise económico-financeira que nos atravessa e vai continuar a atravessar a Europa - hoje, foi a vez da Itália -, deixa-me, por vezes, perplexo. Um dos jargões utilizados é: "o nervosismo dos mercados" (ou dos investidores). Ora, o que realmente sucede é: o "nervosismo dos Governos", perante as investidas dos especuladores e outros vampiros, e a ausência de uma estratégia concertada por parte das altas instâncias da UE (Barroso, Rompuy, Merkel - medíocres actores secundários). Outro dos termos inabilmente utilizados é: "risco de contágio". Recordemos - tudo começou na Islândia, uma ilha que não tem fronteiras, senão o mar. Depois a Irlanda, outra ilha. Depois, as agências de ratos atacaram a Grécia que, objectivamente, não "contagiou" nenhum país vizinho; e Portugal que, até hoje, ainda não contaminou a Espanha, nem o Oceano Atlântico.
Quem introduz o vírus são as agências de ratos que, como se sabe, como animais rasteiros, são os maiores propagadores de doenças pela Humanidade, desde que o mundo é Mundo.
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