terça-feira, 9 de abril de 2024

Apontamento 163: Repensar a cidade

 


Ora, ontem, após um período de recuperação e melhoria na respiração, pensava retomar as minhas saídas, no Chiado e Rossio, etc.

Aproximando-me, de carro, do nosso poiso habitual, olhei em volta e a um centro de cidade transformado em “Disneylândia” e quejando, gentinha, sem rumo, sem eira nem beira, a circular onde eu pensava passar, concluí, mais uma vez, que a vontade de sair acabara naquele momento.

Concluí que a miséria física, cultural, mental e cívica, com que me deparara, anulou todo o meu desejo de passear pelas ruas que, em determinada altura no passado, tanto contribuíram para me enriquecer.

Nem se fala do ruído ensurdecedor, que os turistas julgam ser música e aplaudem, nem do atropelo ao código da estrada pelos TUC TUC, estacionados à balda junto de S. Pedro de Alcântara, ou dos autocarros de turismo que param onde querem, causando longas filas de trânsito pela paragem prolongada à espera de bimbos.

Post de HMJ

4 comentários:

  1. Há zonas que estão a ficar deprimentes! Poderá ser reversível?
    Pelo que me parece esteve doente. Desejo-lhe as melhoras e continuação de boa semana:))

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    1. De HMJ para Isabel:
      Obrigada pelo comentário e os votos de melhoras. São sequelas de uma gripe que ainda incomoda.

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  2. Pois é! Quanto mais não seja, é muito triste sentir-se que se estão a desperdiçar ou desbaratar tantos elementos de carácter colectivo da nossa cultura e identidade ... e a sermos rodeados de barulho, mau-gosto e vazios...

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    1. De HMJ para Maria José A. Martins:
      É uma verdadeira desgraça!

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